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Trump e Kamala tentam conquistar voto latino a duas semanas das eleições

Os dois estão empatados tecnicamente nas pesquisas de intenção de votos

AFP
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Nesta terça-feira (22/10), Donald Trump e Kamala Harris pediram o voto dos latinos, a duas semanas de uma das eleições mais disputadas da história contemporânea dos Estados Unidos. 

Há um empate técnico nas pesquisas de intenção de voto, a vice-presidente democrata de 60 anos e o ex-presidente republicano, de 78 dão suas últimas cartadas para tentar atrair comunidades inteiras de afro-americanos e latinos. 

Estima-se que 17,5 milhões de latinos votarão nessas eleições, um contingente que pode fazer a diferença, especialmente nos sete estados-pêndulo, assim chamados porque não se inclinam para nenhum dos partidos, mas escolhem com base no candidato.

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A maioria dos latinos vota nos democratas, mas Trump tem conquistado os votos desta comunidade desde que entrou na política, especialmente entre os homens. O republicano, cuja retórica anti-migração se radicaliza, participou de uma mesa redonda com simpatizantes latinos na Flórida.

Trump falou sobre economia, mas, principalmente, sobre o que considera uma prioridade: a imigração ilegal.

'Onde estão as crianças'

Ele voltou a acusar o governo do presidente Joe Biden de ter perdido 325 mil crianças migrantes que, segundo ele, agora são "escravas sexuais, escravas, (estão) desaparecidas ou mortas".

Trump parecia se referir a um relatório do Gabinete do Inspetor Geral do Departamento de Segurança Interna, que confirma a perda de contato com mais de 32 mil crianças migrantes desacompanhadas que não compareceram ao tribunal após serem libertadas entre 2019 e 2023, acrescentando que mais de 290 mil menores não receberam avisos para comparecer à corte.

Alguns participantes da mesa redonda corroboraram com esta afirmação falsa, entre eles o ator mexicano Eduardo Verástegui. "Entraram pela fronteira, foram soltos e não sabemos onde estão. Kamala, onde estão as crianças? (...) Esses, Kamala, Biden, são os maiores traficantes de pessoas da história", acusou.

No final, o grupo de latinos rendeu um culto a Trump como se fosse um messias. Todos de pé com os olhos fechados, alguns com o braço levantado apontando para Trump, ou uma mão sobre o ombro do ex-presidente, recitaram duas orações pedindo a Deus que guie seus passos.

"Ungimos ele para que seja o próximo 47º presidente dos Estados Unidos, para restaurar os valores bíblicos", disseram sobre Trump, que permaneceu sentado.

Os democratas criticam a aptidão mental e física de Trump para ocupar o Salão Oval. Mas os comícios do republicano se enchem de uma onda de apoiadores incondicionais, convencidos de que ele é vítima de perseguição política.

Não está claro se sua promessa de deportar em massa os migrantes em situação irregular está impactando sua votação.

Eleições no próximo 5 de novembro

Independentemente do resultado eleitoral, os americanos farão história em 5 de novembro: elegendo uma mulher para o cargo ou o primeiro presidente com uma condenação criminal.

Trump ainda se recusa a aceitar sua derrota nas eleições de 2020 para Biden, o que gera temor de que ele conteste o resultado se perder.

"Vamos ver o que acontece (...) da última vez aconteceram coisas muito, muito ruins, mas desta vez não temos Covid-19, e será muito mais difícil para eles fazerem coisas ruins", disse na mesa redonda. "Temos muitos advogados trabalhando", advertiu.

Mais de 19 milhões de americanos já votaram por correio ou pessoalmente, o que representa quase 12% do total de 2020. Nesta eleição, o nível de participação pode ser o fator decisivo para conseguir as chaves da Casa Branca.

Em uma biblioteca em Madison, capital do estado-chave de Wisconsin, longas filas se formaram nesta terça-feira, primeiro dia de votação antecipada. Brad Hines, um policial aposentado de 73 anos, declarou à AFP que estas eleições são "importantes" para a "democracia".

Kamala concederá uma entrevista à NBC e à emissora em espanhol Telemundo, que divulgará alguns trechos nesta terça e publicará a íntegra na quarta-feira. É muito provável que ela se concentre no poder aquisitivo, assunto que mais preocupa esses eleitores e o restante da população.

A candidata democrata conta com a ajuda do ex-presidente Barack Obama na reta final da campanha, assim como a do rapper Eminem, que aumentou a lista de artistas que a apoiam.

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