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Tradicional 'Festa do Sujo' atrai milhares de pessoas na Vila de Maiauatá, em Igarapé-Miri

Realizada tradicionalmente na mesma data, a programação é comemorada quando termina a Festividade de São Sebastião

O Liberal

Considerado um dos primeiros gritos de Carnaval, a tradicional “Festa do Sujo” atraiu milhares de brincantes e foliões nesta terça-feira (21) na Vila de Maiauatá, em Igarapé-Miri, no nordeste paraense. Realizada tradicionalmente na mesma data, a programação é comemorada quando termina a Festividade de São Sebastião. Os foliões começam a sair das casas desde as primeiras horas da manhã e se sujam com tintas e diversos outros materiais em meio a uma grande brincadeira nas ruas da localidade.

No final da festa, por volta das 17h, um mastro foi erguido sobre a lama e os foliões fizeram um grande círculo para realizar correntes de oração. Ao longo do festejo, cada participante assume a figura simbólica do "Bicho Folharal", uma representação da ligação com os ancestrais da vila. A programação também contou com apresentações culturais e apresentações de diversos artistas. A festa é promovida pela prefeitura do município.

O secretário municipal de Cultura de Igarapé-Miri, Elton Saracura, explica que a Festa do Sujo é um momento importante para a população localidade. E é um momento festivo e envolto de brincadeiras. “No dia 21, o povo sai às ruas para se sujar de maisena, de bisnaga, principalmente, se divertir, é um momento de par, de lazer da localidade de Vila de Maiauatá”, declara Elton. 

“Não só das pessoas da vila, mas também pras localidades vizinhas, municípios vizinhos, e o povo que vem de fora engrandecer esse evento. Neste ano, tivemos uma estimativa de aproximadamente 15 mil pessoas ali na localidade, já são 100 anos de ‘Sujo’. A festividade do São Sebastião completou 100 anos, e o Sujo, que é realizado no dia seguinte, também completou 100 anos. Foi sucesso, com muita paz, tranquilidade e diversão para o povo”, completa o titular da pasta.

Origem

A Festividade de São Sebastião, em Vila Maiauatá, teve início no ano de 1925, e acontece sempre no penúltimo fim de semana de janeiro. Já a tradição do “sujo” relembra as origens indígenas. Nela, cada brincante se transforma no “Bicho Folharal” de Vila Maiauatá.

Em 2020, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) aprovou como patrimônio histórico e cultural de natureza imaterial do Estado do Pará a tradição. A Lei n° 9.024 foi sancionada no dia 17 de março daquele ano.

Belém