Tradição de bolão da Mega da virada une famílias em Belém e alimenta esperança pelo prêmio
Em Belém, essa mobilização começa desde o início do mês em muitas famílias, como é o caso do lanterneiro Adilton Marques, de 74 anos
Com o sorteio da Mega da Virada se aproximando, milhares de pessoas já começam a se organizar para tentar a sorte e realizar o sonho de mudar de vida. Em muitas casas, o bolão com amigos e familiares é uma tradição que vai além da aposta: é uma oportunidade de compartilhar expectativas e a esperança de acertar os números premiados. Em Belém, essa mobilização começa desde o início do mês em muitas famílias, como é o caso do lanterneiro Adilton Marques, de 74 anos.
No dia 31 de dezembro, às 20h (horário de Brasília), a Caixa Econômica Federal irá sortear o prêmio recorde da Mega da Virada, estimado em R$ 600 milhões.
Mais do que a esperança em ganhar uma “bolada”, essa já é uma tradição de 25 anos que envolve toda a família. Adilton conta que cerca de oito pessoas participam do bolão. “Eu nunca perdi a esperança de ganhar. Na verdade, a intenção é essa. Tem aquele negócio de que o dinheiro não traz felicidade, mas ajuda a comprar as coisas. Se eu ganhar vou fazer um bom plano de saúde, eu vou ajudar muita gente”, relata.
Adilton conta, ainda, que não deixa a aposta passar e que, todos os anos, sempre corre para fazer o jogo o quanto antes. E frisa também o que fará se conquistar o prêmio milionário: “Caso eu ganhe, não pretendo ficar com o dinheiro sozinho, de forma alguma. Comecei a jogar há 25 anos. As pessoas falavam ‘bora tentar jogar? De repente um dia pode dar certo. E, hoje, geralmente jogo junto com as minhas filhas e os genros, que sempre participam. Sempre a gente faz nesta época do ano”, conta.
“Geralmente, escolhemos os números com data de nascimento. É mais aquela que a gente tem. E jogamos mais dezenas, porque aumenta as chances de ganhar. Sempre jogando o mesmo jogo, diga-se de passagem. Todos participam [da família] e todos gostam mesmo. Também pretendo guardar um dinheiro para o futuro, porque um dia pretendo parar de trabalhar. Até hoje eu trabalho. E já é uma vida toda jogando. Se eu ganhar, o prêmio vai ser mais para eles [familiares] do que para mim”, frisa Adilton.
Tradição
Já a filha de Adilton, a empresária Vivian Marques, de 43 anos, conta que essa “herança” de jogar o bolão é um momento de muita união e expectativa pelo sonho de se tornar milionário. “Na verdade, o papai que é o maestro na hora do bolão. Sempre foi. A gente só vai na onda dele. Ele é quem sempre foi o sortudo, de vez em quando faz o jogo e vem com 500 reais”, afirma.
Com números sorteados e dezenas de palpites, o bolão de Adilton se tornou mais do que uma simples brincadeira; é um elo entre os membros da família e amigos próximos. Para Vivian, participar do bolão significa mais do que tentar a sorte. Também é uma forma descontraída de se unir no fim de ano. E neste ano, o bolão promete ser ainda mais especial, já que a cada vez a esperança se renova.
Além disso, a expectativa é que a tradição se fortaleça. Vivian também conta como a família se organiza para jogar: “Ele só fala ‘olha, minha filha, vai ser em tal dia que vamos jogar a Mega’. A gente dá o dinheiro do bolão, ele faz o jogo. É ele quem tem a sorte, sabe os números e faz o jogo. No dia em que ganharmos, vamos dividir em partes iguais o prêmio. Se Deus quiser. Sempre vivemos essa tradição. A vida toda”, completa Vivian.
“Somos apenas coadjuvante, porque é o papai que faz tudo. Eu me lembro de que, quando éramos crianças, ele assinava as rifas. E cada uma ganhava um prêmio e dava para um filho. Começou assim. A gente começou dessa forma. A gente ganhava radiozinho, despertador. E isso não mudou [a tradição de jogar]. Ganhamos coisas legais mesmo. Essa é a marca dele, de jogar sempre. Ele sempre confere a Quina também. E já fico esperando o dia que vamos ser contemplados com a Mega da Virada”, reforça.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA