Trabalhadores protestam e consumidores temem impacto de leilão da Cosanpa
Novo ato público contra privatização da Companhia está marcado para terça-feira (12)
Consumidores paraenses têm manifestado, nas redes sociais, a preocupação cada vez maior com o impacto negativo do eventual processo de privatização da Companhia de Abastecimento de Água do Pará (Cosanpa). Às 8h da próxima terça-feira (12), haverá um novo protesto contra o projeto de concessão da Companhia para particulares.
No âmbito do governo estadual, defensores da privatização da Cosanpa, argumentam que nas mãos da iniciativa privada, haverá a expansão da distribuição do serviço e a redução da conta de água, no entanto, nas redes sociais, cresce o medo da repetição do desmonte do patrimônio público da Cosanpa, como aconteceu com a Celpa, no ano de 1997.
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De lá para cá, lembram os consumidores paraenses, o que se vê é o injusto enfrentamento de uma das maiores tarifas de energia do Brasil, com reajustes sempre acima da inflação, ainda que o Pará seja um grande produtor nacional de energia elétrica.
A manifestação marcada para a terça-feira contra a privatização da Cosanpa vem sendo convocada pelo Sindicato dos Urbanitários, que reúne trabalhadores do setor de energia e saneamento, e pela Frente contra a Privatização do Saneamento do Pará.
As duas entidades promoveram o primeiro protesto em Belém, na frente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), na última terça-feira (5), e prometeram engrossar o movimento.
O Sindicato dos Urbanitários tem divulgado materiais em que afirma que é preciso manter a Cosanpa “pública e com tarifas justas”. Nas redes sociais, também cresce a insatisfação dos consumidores com a eventual privatização da Companhia de Abastecimento de Água.
Não são poucos os internautas que lamentam a falta de compromisso e zelo com o patrimônio representado pela Cosanpa, presente na maioria dos 144 municípios paraenses.