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Serviço de dragagem da Pedra do Ver-o-Peso já retirou mais de 900 toneladas de lixo do rio

Pescadores elogiam a ação e esperam que área se mantenha limpa

Caio Oliveira

Várias vezes ao mês, o pescador Valdir Calandrini sai de Cachoeira do Arari, no Marajó, e atraca na Pedra do Peixe do Ver-o-Peso, onde descarrega o pescado que traz no barco “Projeto de Deus”, junto com seus familiares. Nos últimos dias, eles têm notado que está mais fácil acessar o local, devido ao serviço de dragagem promovido no último mês: ao todo, 938 toneladas de resíduos sólidos foram retirados do histórico porto de Belém, apenas na primeira fase da limpeza promovido pela Prefeitura.

“É muito boa essa limpeza. Melhorou muito, muito mesmo. Quem dera que fosse o tempo todo assim, se fizessem isso sempre. Essa área aqui estava praticamente abandonada. Ficou muito mais fácil e muito melhor para a gente chegar e trabalhar, fica mais higiênico”, comemorou Valdir , que atravessa a Baía do Guajará para ganhar seu sustento e se diz feliz em ver seu local de trabalho sendo bem cuidado. Ele e os demais tripulantes do barco concordam que, além do serviço de limpeza, o poder público poderia investir mais em fiscalização, para que a área se mantivesse limpa, além de fazer um trabalho de conscientização ambiental que atinja tanto os trabalhadores quanto os frequentadores do ponto turístico.

 

“Como tem água todo dia, as máquinas não podem trabalhar direto. Mas quando a maré baixa, a gente entra com a dragagem. É um processo demorado, mas nós vamos continuar; certamente, temos mais de mil toneladas de lixo para retirar de lá. Inclusive, estamos mudando o equipamento que faz a dragagem, e vamos colocar um equipamento maior para acelerar a limpeza”, adianta Ivanise, que conta ainda que o serviço pode resolver outro problemas antigo da Cidade Velha: os alagamentos. “Com essa dragagem ali, acreditamos que vamos diminuir o nível das águas que sobem e alagam o Ver-o-Peso, pois vai haver uma bacia de retenção de água muito maior”, projeta.

Belém