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Segundo Arrasta TEA promove inclusão junina em Belém

A festa junina adaptada para pessoas com deficiência ocorre na sede da Fundação Curro Velho

Gabriel da Mota

Está sendo realizada, das 8h às 12h deste sábado (15/06), a segunda edição do Arrasta TEA: uma festa junina adaptada para pessoas com deficiência, na sede da Fundação Curro Velho, no bairro do Telégrafo, em Belém. Promovido pela Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (CEPA) em parceria com o Instituto Saber, o evento envolve apresentações artísticas, vendas de produtos e atividades recreativas, com o protagonismo de pessoas com deficiência.

De acordo com Nayara Barbalho, titular da CEPA, a programação envolve a entrega de carteiras de identificação para pessoas com autismo, além da festa junina inclusiva, com adaptações necessárias.

“Temos sala de acomodação sensorial, uma equipe multidisciplinar da Sespa [Secretaria Estadual de Saúde] disponível. As apresentações são todas de pessoas com deficiência; as vendas nas barraquinhas também; as misses e os misteres. É uma festa não só para esse público, mas que dá o exemplo de que a gente pode e deve ter esse público participando", frisou.

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Nayara destacou o sucesso da edição anterior e o que foi pensado para a programação deste ano: "Ano passado, nós tivemos a quadrilha que deu muito certo; então, este ano, ampliamos as apresentações. A gente fica muito feliz em saber que a festa é boa, e estamos compartilhando a organização com o Instituto Saber, de reabilitação neurológica. A a organização vai crescendo e os parceiros vão aparecendo cada vez mais", celebrou.

Uma das atrações foi o artista Alan Cauê Silva, 18, que é autista e expressou alegria em estar presente pela primeira vez: "Estou muito feliz de estar aqui. Vou cantar um monte de música junina: vai ter sertanejo, forró, quadrilha, tudo de bom. A importância [desse evento] é fundamental, porque as pessoas com deficiência também merecem se divertir, da mesma forma que todas as pessoas merecem", ressaltou.

A servidora pública Suellen Lima, 38, acompanhou o amigo Alan e reforçou a relevância da inclusão: "Para mim, é uma honra participar de um evento como esse. Todos merecem se divertir um pouquinho. É o primeiro evento inclusivo oficial que eu participo, a convite do Cauê e do pai dele", disse. O aposentado Nilton Silva, 63, pai de Alan, comentou sobre a importância do evento para a conscientização social: "Desperta a atenção das pessoas para a necessidade de que todos têm que trabalhar a inclusão. Começa pelas famílias, mas se estende a toda a sociedade".

Empreendedorismo Inclusivo

A empreendedora Ana Aguiar, 33, é mãe de uma criança autista e contou que sempre participa dos eventos inclusivos a convite de Nayara. "Estar aqui, hoje, é a prova de que o acompanhamento é necessário e importante. Nesse ambiente, vamos pôr em prática o que eles [as crianças autistas] trabalham dentro das terapias, que é a socialização. Eles têm que estar onde se sentem bem", pontuou a mãe, que vende acessórios produzidos artesanalmente. “É também devolver um pouco da nossa dignidade. Quando a gente recebe o diagnóstico, a gente acaba abrindo mão da nossa vida como mulher trabalhadora para viver em prol daquela pessoa que amamos”, acrescentou.

O administrador de empresas William Ferreira, 49, é pessoa com deficiência não autista e  participou do Arrasta TEA vendendo chopps de frutas. "É essencial que a gente se alegre, e a festa junina inclusiva nos proporciona isso. Quero agradecer à doutora Nayara Barbalho que está me dando a oportunidade de fazer parte disso", concluiu.

 

Belém