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SBPC: alunos ribeirinhos das ilhas de Belém participam do evento científico na UFPA

A Reunião Anual da SBPC será entre os dias 7 a 13 de julho, no campus Guamá da UFPA, em Belém

Gabriel Pires

O primeiro dia da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém, na manhã desta segunda-feira, 8, foi marcado por um cortejo com embarcações vindas das ilhas próximas da capital paraense, que atravessam o rio Guamá até o píer do campus da instituição, com estudantes ribeirinhos das escolas municipais para conhecer a UFPA e a programação do SBPC. A primeira canoa chegou por volta das 8h30 e os alunos foram recebidos pela comunidade científica que esperava a chegada das crianças.


 

A Secretária Municipal de Educação de Belém, Araceli Lemos, destaca, ainda, que o acesso à ciência não compete somente aos adultos e, por isso, a participação das crianças nesse meio. Ciência tem que começar desde a primeira infância. Valorizamos essa iniciativa de desenvolver as nossas crianças no contato com o mundo da ciência, de forma sensorial, visual e de várias formas. E esse foi um diferencial na 76ª edição do SBPC. Para as crianças foi um evento extraordinário”, enfatiza a titular da pasta.

Experiência

O professor Cecílio Ferreira, da escola municipal Milton Monte, que fica localizada na Ilha do Combu, comenta que ele e o grupo de 10 estudantes da escola e integrantes do grupo de carimbó Pirão de Açaí realizaram uma apresentação de carimbó nesse primeiro dia da 76ª Reunião Anual (SBPC). O pedagogo também relata a importância desse contato com a pesquisa e a ciência desde criança, já que potencializa o processo educacional.

“Nós já viemos para um ensaio que houve aqui [na UFPA] há quinze dias e também tivemos outros eventos, seminários, que nós participamos com o grupo folclórico fazendo a abertura. A vinda deles para cá hoje é muito importante porque hoje em dia os meios de comunicação invadem as residências e acabam tomando o tempo das pessoas. E um evento como esse, que abrange o mundo todo praticamente, é muito importante para que eles tenham essa relação com outras pessoas, conheçam grupos diferentes, conheçam pessoas diferentes e tenham essa relação direta com o público”, explica o professor.

Representatividade

O dia também contou com outras atividades paralelas como conferências, exposições, mesas-redondas, além de oficinas expositivas com tema central voltada para a ciência. Entre as programações, um estande do programa Futuras Cientistas, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), promoveu atividades e exposições científicas com foco em estimular o contato do público feminino para a área do e ensino e pesquisa. 

Pesquisadora do Cetene, a química Luzia Santos, explica que o projeto reforça a representatividade feminina na academia e a importância de ocupar ainda mais espaços nas universidades. “Lugar de mulher também é na ciência e a gente quer mostrar isso. São várias voluntárias que participam do programa. As meninas têm a oportunidade de passar um mês desenvolvendo um projeto científico”, pontua a pesquisadora, ao lembrar que o programa é desenvolvido a nível nacional.

Oportunidade

O evento foi proveitoso para que a professora de biologia Geisane Malcher pudesse se atualizar sobre a área de atuação dela e adquirir mais conhecimentos e poder levar o que aprendeu para a sala de aula. “É uma oportunidade de vermos o que está acontecendo na ciência, do que a gente pode agregar na escola. A minha expectativa é aprender ainda mais sobre biologia para, daqui, levar para a escola que não tem tanto acesso à tecnologia e à ciência”, relata a bióloga.

SBPC

A 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) segue até o dia 13 de julho no Campus Guamá da UFPA. Todos os anos, o evento científico reúne milhares de pessoas, entre cientistas, professores, estudantes, profissionais liberais, autoridades e visitantes em geral. A programação é gratuita e aberta a todos que desejem participar.

Belém