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Veja os principais problemas ambientais de Belém e o plano para resolvê-los em 18 meses

Coordenado em Belém pela Ufra, o plano começou a ser elaborado em março deste ano e tem 18 meses para ser concluído

Dilson Pimentel
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Alagamento, inundação e erosão costeira são os principais problemas detectados, até agora, pelo Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém, que começou a ser elaborado em março deste ano e terá 18 meses para ser concluído. E, para apresentar os primeiros resultados obtidos durante o mapeamento participativo feito com o apoio da comunidade, foi realizado, nesta quarta-feira (11), na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), o II Encontro sobre o Plano Municipal de Redução de Riscos de Belém (PMRR-Belém).

A programação inclui palestras com os pesquisadores e representantes das instituições envolvidas, apresentação de resultados e devolutiva para a comunidade. No evento também foram lançadas três cartilhas, contendo os resultados, um glossário e uma cartilha de prevenção à inundação. Ao longo deste ano estão sendo desenvolvidos 20 PMRRs em todo o Brasil, com coordenação geral do Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de Periferias, Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, Defesa Civil e universidades de todo o Brasil. Em Belém, o projeto é coordenado pela Ufra, onde ocorreu o evento.

O mapeamento foi feito de forma participativa durante 13 oficinas entre a equipe do projeto e moradores dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, ilha do Combu, Outeiro, Mosqueiro. “Nós priorizamos territórios periféricos com problemas de inundação, onde pudéssemos contar com as lideranças comunitárias e tivéssemos apoio logístico das Usinas da Paz”, disse a coordenadora do plano em Belém, professora Milena Andrade. Ela também coordena o Grupo de Pesquisa e Extensão em Desastres e Geotecnologia na Amazônia (Geodesastres).

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image Presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil de Belém, Claudionor Corrêa: "Com a identificação das áreas de alagamento, o município já vai no ponto focal do problema para fazer uma obra de contenção, para mitigar esse impacto” (Foto: Ivan Duarte/O Liberal)

O presidente da Comissão Municipal de Defesa Civil de Belém, Claudionor Corrêa, disse que esse plano municipal é fundamental por fazer um trabalho integrado, onde o município, o Estado e a academia (Ufra) fazem um levantamento dos pontos de riscos da cidade. “Então, o estudo da academia vem apontar os locais e sugerir as medidas a serem tomadas. Então, isso para o município é de suma importância”, afirmou. “Porque, com esse mapeamento e a identificação das áreas de alagamento, de inundação, de erosão, o município já vai no ponto focal do problema para fazer uma obra de contenção, para mitigar esse impacto”, explicou.

“Se o desastre porventura vier acontecer não vai acontecer numa proporção como se não tivesse um trabalho preventivo”, afirmou. Em Belém, explicou ainda Claudionor, os principais desastres são voltados para alagamento, inundação e erosão costeira. “Agora teve uma mudança. Nós tivemos, nos últimos 30 dias, uma questão de mudanças climáticas com incêndio em Mosqueiro e Outeiro”, afirmou.

image Professora Milena Andrade, da Ufra: "Durante essas atividades, perguntamos aos moradores sobre quais são as ameaças, impactos e vulnerabilidades do território em que eles vivem" (Foto: Ivan Duarte/O Liberal)

Levantamento foi feito em 13 bairros, diz professora da Ufra

A professora Milena Andrade, da Ufra, disse que o segundo encontro teve o objetivo principal de apresentar parte dos resultados que a gente obteve durante as atividades de mapeamento participativo ao longo deste ano. “Estivemos em aproximadamente em 13 bairros da cidade de Belém e, durante essas atividades, perguntamos aos moradores sobre quais são as ameaças, impactos e vulnerabilidades do território em que eles vivem”, afirmou. “As principais ameaças estão relacionadas a processos de inundação, alagamento, na parte continental da cidade de Belém. E, nas ilhas, a gente obteve a informação sobre erosão costeira”, explicou.

O plano tem a coordenação nacional do Ministério das Cidades, em parceria com as universidades. Vinte planos estão sendo elaborados, entre os quais o de Belém. “Via Secretaria Nacional de Periferias, com ponto focal no município da Defesa Civil do município de Belém, mas a gente também tem apoio da Defesa Civil do Estado. O plano iniciou em março deste ano e tem a previsão de 18 meses para finalizar”, afirmou.

Essa é a segunda fase do projeto. As próximas etapas incluem o planejamento técnico que pode indicar medidas de controle e prevenção para as áreas de risco na cidade. No documento final do PMRR-Belém o objetivo é propor medidas estruturais, priorizando Soluções Baseadas na Natureza, e, medidas não-estruturais, tais como indicações de atividades de educação ambiental.

 

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