Reforma do Mercado de São Brás atinge 25%; serviço de restauro interno é iniciado
A ideia é transformar São Brás em um centro turístico e gastronômico da capital
A obra de reforma do Mercado de São Brás, em Belém, já atingiu 25% de conclusão e está seguindo um cronograma de ações que visam construir e restaurar o espaço, que carrega 112 anos de história. A obra compreende uma área de 16 km² e tem o objetivo de impulsionar ainda mais a comercialização e o turismo no local.
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A reforma no mercado é compreendida como uma das prioridades em Belém para receber a Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas (COP-30). O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, divulgou detalhes de tudo o que já está sendo feito no Mercado de São Brás.
De acordo com o cronograma de obras, o segundo semestre de 2023 foi usado para a implantação de estruturas de concreto armado, além da fabricação de aço para aproveitar o verão amazônico.
Com a chegada do inverno amazônico, o planejamento da obra seguirá com trabalhos internos. Já para 2024, a ideia é trabalhar em mais tipos de estruturas. É o que explica o engenheiro responsável pela obra, Leonardo Santos.
“A expectativa para o começo de 2024 é trabalhar muito nos trabalhos internos, que são restauros provenientes, construção de estruturas metálicas, acabamento, pintura, estrutura elétrica e hidráulica. O cronograma da obra está correndo para a equipe trabalhar na época de chuva”, declarou o engenheiro.
Edmilson Rodrigues acredita que o Mercado de São Brás é um importante patrimônio arquitetônico, cultural e econômico da cidade, o que exige um trabalho criterioso e responsável dos profissionais responsáveis pela obra.
“Investir R$ 104 milhões para transformar São Brás num dos mais importantes centros turísticos e gastronômicos do Brasil é de fundamental importância para a nossa cidade. A população, o criador do mercado - o engenheiro Filinto Santoro - e os permissionários merecem essa grande obra”, ressaltou o prefeito de Belém.
História
O Mercado foi criado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro e possui sua estrutura construída em ferro e mescla elementos do art nouveau - corrente artística que teve seu início na Europa no fim do século XIX - e neoclássico, com detalhes escultóricos também em ferro e azulejos decorativos.
A reforma, além de oportunidade de emprego, é também um orgulho para os operários, como afirma o carpinteiro, Daniel de Oliveira.
“O fato de colaborar para a riqueza de Belém, enche a gente de orgulho, por isso estamos aqui fazendo com carinho, com amor. Depois de pronto, vamos passear aqui, comer uma refeição, trazer nossas esposas e dizer: 'nós participamos dessa renovação aqui". Esse é o nosso trabalho que vai ficar para toda a população”, relata com orgulho.