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Projeto da UFPA cria aplicativo para reabilitação cognitiva

A ferramenta já tem mais de mil downloads e visa verificar o impacto do uso do aplicativo nas funções cognitivas de idosos com Alzheimer.

Cleide Magalhães
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Para estudar a reabilitação cognitiva e beneficiar os pacientes idosos com Alzheimer, a Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Pará (UFPA) realiza o projeto de pesquisa "Memorylife: Aplicativo para Reabilitação Cognitiva de Idosos". A ferramenta já tem mais de mil downloads e visa verificar o impacto do uso do aplicativo nas funções cognitivas de idosos com Alzheimer. O projeto é um dos contemplados pelo Edital Eixo Transversal, da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da UFPA.

Segundo Kátia Maki Omura, terapeuta ocupacional, doutora em neurociências e coordenadora do projeto, o App foi criado em 2016, mas somente agora se tornou um projeto de pesquisa desenvolvido desde 2018. "A ideia inicial veio de uma ex-aluna da Faculdade e participamos de um edital da incubadora de empresas da UFPA. Fora o tempo das férias, o projeto é realizado toda segunda e quarta na Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFPA pela parte da tarde. Na prática, realizamos com os pacientes jogos do App que são 3 e 2 de memória e 1 de raciocínio lógico", disse Omura.

O aplicativo conta com jogos divididos nas categorias de memória e lógica, com diferentes níveis, para treinar os aspectos cognitivos mais afetados pela doença. Todos os jogos remetem ao cotidiano dos usuários, sempre relacionados a suas atividades diárias. Kátia Omura explica ainda que o aplicativo tem o objetivo de ajudar os idosos a manterem as suas funções cognitivas por mais tempo, retardando a evolução da doença, mantendo-os mais independentes nas suas atividades diárias, além de incluí-los digitalmente.

"É uma oportunidade de colocar o idoso em contato com este tipo de tecnologia, incluindo -o digitalmente. Muitos deles têm interesse de se apropriar deste tipo de tecnologia, ou já até utilizam, mas com outros fins. Além disso, o aplicativo é uma tecnologia relativamente barata e acessível à população, tendo um maior alcance", afirma. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente aqui.

image O Aplicativo foi criado em 2016, mas somente agora se tornou um projeto de pesquisa desenvolvido desde 2018. (Reprodução/app)

 

 

 

 

Idosos com Alzheimer são beneficiados

Hoje são atendidos seis pacientes, mas o projeto já atendeu mais de 15 e pretende beneficiar mais pessoas. Assim, a meta é atender pelo menos 20 pacientes, que ainda têm convívio familiar e 20 idosos institucionalizados. Eles têm de 50 a 80 anos e a maioria é do sexo feminino. Para participar o idoso deve se apresentar com o diagnóstico fechado de Alzheimer e passar por uma avaliação cognitiva e funcional. "Após a avaliação, ele faz dez sessões de treino cognitivo utilizando o aplicativo", explica a coordenadora da pesquisa. 

Podem participar do projeto idosos com diagnóstico de Alzheimer, que atendam comandos simples e que não tenham sofrido nenhum Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou traumatismo cranioencefálico. O contato para agendamento para participar da pesquisa é 91 - 3201 8892. Alzheimer é uma demência irreversível Segundo o neurologista Eric Paschoal, a demência é um grande grupo de doenças degenerativas e agrupadas nos tipos reversíveis, como destaque à Demência Vascular (DAV) e de Parkinson, e irreversíveis, como o Alzheimer. 

Mas todas elas estão associadas à degeneração dos neurônios e ao declínio da memória. Mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com demência, e a cada ano são registrados quase dez milhões de novos casos. A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que 152 milhões de pessoas serão afetadas até 2050.

Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que no Brasil surgem 100 mil novos casos a cada ano. Pesquisas indicam a prevalência de 10% a 15% de doença de Alzheimer em pessoas maiores de 60 anos. Aos 85 anos, o índice chega a 50%. No Pará, os dados para Alzheimer não são precisos, porque a doença não é de notificação obrigatória, segundo informa a Secretaria de Estado de Saúde. Todavia, chegam nas unidades de referências do Estado cerca de mil idosos por mês para tratamento de Alzheimer e Parkinson.

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