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Bosque Rodrigues Alves é reaberto ao público após 72 dias

O local ficou fechado por causa do bandeiramento vermelho na pandemia

Eduardo Rocha

A família de Adriana Lopes, paraense que mora em Caxias do Sul (RS) há nove anos, aproveitou para conferir o Jardim Botânico da Amazônia Bosque Rodrigues Alves, reaberto nesta quinta-feira (20), após ficar por 72 dias fechado por causa do bandeiramento vermelho na pandemia, por motivos especiais. As filhas não conheciam o Bosque, porque foram muito pequenas para outra cidade. "Chegamos e ficamos triste porque estava fechado o Bosque, e eu queria muito que elas conhecessem. É uma cultura nossa; lá no Sul é outra cultura, não tem, mas é maravilhosa também. E aí, quando foi ontem o marido olhou e disse que vai abrir o Bosque, eu disse é o presente de 17 anos da filha, né?", relatou Adriana.

A aniversariante é Letícia Lopes, que visitou a área verde de 15 hectares, no centro de Belém, e considerou o espaço "muito bonito". E, de fato, o Bosque Rodrigues Alves é um símbolo da Amazônia, com pelo menos 35 espécies de animais e 10 mil espécies vegetais da região para observação dos visitantes. Alguns dos animais, como macacos e cotias, vivem soltos e se configuram em uma atração a mais ao público, sobretudo, às crianças e jovens.

O Bosque funciona como um espaço cultural e de lazer, principalmente, para famílias de baixa renda, que podem aproveitar as trilhas, lagos, grutas e pontes no local.

Nesse tempo em que o Bosque permaneceu fechado foi possível recuperar estruturas que precisavam de revitalização, como podar árvores e tratar de trilhas e áreas de convivência para receber os visitantes que são fiéis a esse espaço.

Uma novidade é a retomada do passeio no lago da sereia para crianças. Duas canoas foram adquiridas para mais essa opção.

Todos os cuidados sanitários estão sendo tomados como a obrigação do uso de máscaras, medição de temperatura na entrada, lotação limitada à 50% e os funcionários estão orientados a evitar todo e qualquer tipo de aglomeração em quiosques e cantinas. Os horários de visita são de 09:00 ás 16:00 de quarta a domingo.

Rearborização

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) trabalha em um projeto estratégico de rearborização da cidade, a fim de tornar a capital paraense um município mais verde e ecologicamente sustentável. “O nosso planejamento é tornar uma cidade mais sustentável, um polo de ecoturismo que é o Bosque Rodrigues Alves, nossas ilhas. Para isso, estamos buscando o desenvolvimento desse projeto ambicioso”, informou o diretor do Jardim Botânico,  Alexandre Mesquita.

Por ser um espaço democrático e de encontros, o Bosque também é uma área de produção científica, de contemplação da natureza e educação ambiental. Na reabertura, uma equipe da Defesa Civil esteve recepcionando os visitantes com informativos e divulgação das ações do órgão. “Estamos participando com a divulgação do nosso material educativo, orientando para que não despeje lixos e veja que a chuva não é uma inimiga, desde que tenhamos essa consciência ambiental”, explicou a coordenadora da Defesa Civil, Christiane Ferreira.

Natureza

Davison Pereira aproveitou a reabertura do Jardim Botânico para a filha conhecer o espaço e destacou a necessidade do lugar como uma válvula de escape nesse momento pandêmico. “É crucial para poder parar de pensar um pouco no que está acontecendo de ruim e pensar em coisas boas, na natureza, trazer os filhos e se desligar do mundo e se conectar com a natureza", disse.

Depois de dez anos sem visitar o Bosque, Eliana Leal aproveitou a reabertura do Bosque para matar a saudade. “Fazia muito tempo que não vinha aqui e agora vim com minha neta e estou amando o espaço. Estávamos ansiosos para que reabrisse. Ela tá super feliz e o neto feliz, os avós também ficam”, ressaltou.

 

 

 

Belém