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Pílula anticoncepcional: veja as principais dicas e orientações de uso

Mesmo sendo considerado um método seguro, os possíveis riscos e efeitos colaterais ainda geram preocupações e incertezas entre mulheres

Eva Pires* e Camila Guimarães

Criada em 1960, a pílula anticoncepcional tem o objetivo de evitar a gravidez. É considerada um símbolo da emancipação feminina, uma vez que, a partir daí, as mulheres começaram a ter relações sexuais sem medo de uma gestação indesejada. É importante destacar que existem diversos tipos de pílulas anticoncepcionais. Geralmente, o uso deste método contraceptivo hormonal é bastante seguro e deve ser indicado por um ginecologista. No entanto, ainda existem muitas dúvidas e mitos sobre a eficácia e efeitos colaterais da pílula anticoncepcional.

Especialista esclarece as principais dúvidas sobre a pílula anticoncepcional

A médica ginecologista Iasmin Araújo afirma que a pílula anticoncepcional é um método espetacular, estudado há mais de 40 anos, que revolucionou e ainda revoluciona a vida de mulheres no mundo todo de todas as classes sociais, permitindo liberdade e planejamento reprodutivo, sem distinção. Entre as vantagens, a especialista destaca que o medicamento é: ofertado no Sistema Único de Saúde (Sus), acessível, de fácil manejo e possível para a maioria das mulheres.

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A médica Rafaela Dourado, de 25 anos, residente de Belém, passou a usar a pílula anticoncepcional como método de tratamento para endometriose (doença que consiste na presença de tecido endometrial fora do útero). Ela explica como o medicamento foi inserido na sua rotina, quais suas estratégias e como ele afetou sua saúde.


"Eu comecei a usar pílula anticoncepcional com 18 anos por conta de um diagnóstico de endometriose. O médico me informou que a outra opção disponível era um tratamento cirúrgico, o que eu não queria no momento. A partir daí, comecei o uso da pílula anticoncepcional com o acompanhamento do ginecologista", relembra.

A médica relata que, atualmente, o uso do medicamento já está inserido e adaptado em sua rotina. "Hoje eu acho fácil de lembrar de tomar a pílula todo dia. No começo eu não achava, mas depois que eu criei o hábito de tomar todas as noites, não tive mais problemas. A estratégia que eu uso é colocar o alarme no celular e sempre tomar no mesmo horário. No começo, eu tomava pela manhã, mas era muito difícil me adaptar. Então, eu comecei a tomar sempre à noite, que era sempre um horário que eu estava em casa e percebi que era bem mais fácil não esquecer", compartilha.

A partir do uso da pílula anticoncepcional, Rafaela parou de sentir as dores intensas causadas pela endometriose. " O maior impacto na minha saúde foi ter me livrado da dor logo quando comecei o uso. A dor melhorou muito e interrompi o medicamento que usava de forma constante para aliviá-la. Já em relação a outras mudanças, como peso, humor e pele, não notei diferenças significativas", diz.

Ela finaliza ressaltando a importância de buscar o máximo de informação possível antes de iniciar o uso do método contraceptivo, tanto por conta própria como por meio de um(a) ginecologista. "O meu ginecologista é muito acessível, ele me informou bastante. Mas como eu sou profissional da saúde, acabei indo buscar muita informação por mim mesma".

*Eva Pires (estagiária sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)

Belém