Pets também devem usar protetor solar: veja como utilizar corretamente
Profissionais afirmam que não se deve passar o protetor solar comum, visto que a composição pode agredir a pele dos animais
Profissionais afirmam que não se deve passar o protetor solar comum, visto que a composição pode agredir a pele dos animais
A pele dos pets, especialmente em áreas com menos pelos, como ao redor do nariz, orelhas, e barriga, pode ser bastante sensível ao sol. A exposição ao sol sem proteção pode levar a queimaduras solares e, em casos mais graves, ao câncer de pele. Por isso, veterinários recomendam o uso do protetor solar específico para os animais.
Entretanto, muitos tutores não sabem da existência desse tipo de produto e acabam expondo os animais ao sol sem fazer ideia do alto risco, conforme explica a veterinária Tainá Barbosa, de Belém. “Eles não fazem ideia dos riscos que os raios solares podem desenvolver na pele dos animais. Entre os principais riscos estão as doenças de pele, como a dermatite solar, o câncer de pele e as doenças de pele autoimune”, detalha.
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Ela também detalha que, a depender da raça do animal, esses podem ser mais propensos a desenvolver determinadas doenças de pele, aumentando ainda mais a necessidade da utilização do protetor solar.
“A pelagem branca e a pele rosada são mais propensas às doenças de pele. E é interessante a gente destacar também que há alguns sinais clínicos da dermatite solar, como a formação de bolhas ou vesículas. A pele dos animais fica com uma descamação nas crostas quando o animal fica coçando ou tendo lambeduras intensas Quando isso ocorre, tem-se a formação de lesões dolorosas e sensíveis ao toque”, destaca Tainá Barbosa.
A veterinária ensina como deve ser feita a aplicação do protetor solar nos pets. A pelagem dos pets serve como uma proteção natural contra os raios. Os locais que devem receber essa proteção específica são aqueles sem proteção e desprovidas de pelo, como o focinho, a orelha, a barriga, as patas, virilhas e axilas
“Vai aplicar uma pequena camada nessas regiões e espalhar bem. Deve-se aplicar o protetor a cada 2 horas quando o animal fica exposto há muito tempo ao sol. Em determinadas raças, de pelagem clara, deve ter esse protetor solar diariamente, porque as luzes incandescentes também podem ser prejudiciais e acabar com a questão de problemas de pele”, conclui.
Em Belém, a estudante de Arquitetura Izabella Brasil, de 24 anos, tutora do Jimmy, um cão da raça Golden Retriever, conta que passa o protetor solar nele desde quando o adotou, há 3 anos. “Eu passo protetor solar no Jimmy desde que eu adotei ele. Eu adotei ele quando tinha 2 anos. Então, há 3 anos que eu passo protetor solar nele. Ele é um cão que tem dermatite atópica. Com isso, os problemas com a pele sempre foram uma preocupação”, disse.
Ela conta que além do protetor solar, o Jimmy recebe outros produtos para o cuidado de sua pele, como hidratantes e shampoo próprios. A estudante afirma que o cuidado com a pele do animal sempre foi umas de suas prioridades e que esse uso foi orientado por especialistas.
“A gente passa hidratante nele, passa um shampoo hidratante também. Geralmente eu passo protetor solar quando eu vou passear com Jimmy ao sol. Quando a gente vai à pracinha de cachorro, ou quando a gente vai ao Combu ou à praia, a gente sempre passa. E o protetor que eu uso, ele tem a cor azul, porque o ideal é passar sempre que a gente não está vendo mais o protetor nele. Quando a gente vê que o protetor já saiu, a gente repassa, geralmente umas três vezes durante o passeio”, explica a estudante.
Izabella Brasil conclui dizendo fez uma ampla pesquisa antes de escolher o protetor solar mais adequado para passar no Jimmy. “Eu pesquisei na internet alguns modelos, vi o que outros donos estavam usando, bem como, pesquisar nos pet shops quais as marcas são vendidas aqui em Belém, foi quando encontrei essa daqui. O Jimmy é meu cão de apoio emocional, faz parte da minha família e eu levo ele para todo lugar. Por isso também tenho essa preocupação com ele”, finaliza.
*Estagiário sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade