Paralisação de rodoviários da São Luiz deixa quase 10 mil sem ônibus
Empresa opera as linhas Canudos - Praça Amazonas II (Tucunduba) e Canudos - Presidente Vargas
Rodoviários da empresa São Luiz paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira (12). Com isso, as linhas Canudos - Praça Amazonas II (Tucunduba) e Canudos - Presidente Vargas deixam de circular, deixando cerca de 10 mil usuários sem transporte nos bairros de Canudos, Terra Firme e parte do Guamá.
Luciano Barros, diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belém (Sintrebel), informa que os quase 60 funcionários da empresa demandam regularização de pagamentos. Há salários, férias e outros benefícios e direitos trabalhistas em atraso. A expectativa é de uma negociação ainda nesta terça.
Outras empresas vão suprir a demanda dos passageiros, diz a Semob
Em nota, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) informou que "...em relação à paralisação da empresa São Luis, as pautas apresentadas referem-se a questões trabalhistas que dizem respeito à relação empregador e empregado, e são diretamente acompanhadas pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) e dos respectivos Sindicato dos Rodoviários. Sensível ao pleito, a Semob acompanha o caso para assegurar que a empresa garanta o pronto restabelecimento da prestação do serviço".
"A empresa vem sendo autuada pela Semob até que sejam normalizados os serviços oferecidos à população. Para não deixar os usuários do transporte público desassistidos, a Semob determinou que as empresas São José e Rio Guamá, que dispõem de linhas com itinerários sobrepostos aos da São Luis, também reforcem suas frotas enquanto durar a paralisação", diz a nota da Semob.
Setransbel diz que empresas enfrentam desequilíbrio financeiro
Por nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) afirma que "...vem alertando, há vários anos, sobre os prejuízos decorrentes do desequilíbrio financeiro do sistema de transporte em Belém, que não é diferente do restante do Brasil. A aplicação de subsídios para equilibrar o sistema, sem onerar o preço da passagem, foi a solução encontrada por 22 capitais, que vem conseguindo manter e até melhorar a prestação do serviço".
Ainda na nota, o sindicato diz que "O desequilíbrio financeiro permanece em Belém, já que a Tarifa de remuneração calculada pelo órgão gestor em R$5,01 até o momento não está sendo complementada com subsídios ou isenções do poder público, causando um prejuízo mensal superior a R$ 12 milhões e impactando diretamente no cumprimento das obrigações financeiras das operadoras e investimentos em melhoria de frota".
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