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‘Operação Carro Velho’ remove veículos abandonados das ruas de Belém

A operação identificou 11 pontos críticos na capital paraense e retirou, só no primeiro dia, 14 carros que ocupavam áreas de estacionamentos ou obstruíam vias

O Liberal

A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel) e da Guarda Municipal de Belém (GMB), deu início nesta quarta-feira (12) à “Operação Carro Velho”. O objetivo da ação é remover veículos abandonados ou em desuso que ocupam áreas de estacionamento público na cidade. No primeiro dia da operação, 14 carros foram retirad​os das ruas.

O prefeito Igor Normando acompanhou a ação e destacou os impactos positivos da operação para a cidade. “São diversas questões envolvidas nessa operação, que vão desde a garantia do direito de ir e vir até a melhoria na mobilidade urbana, a criação de mais vagas de estacionamento rotativo e a desobstrução de frentes de residências ocupadas por veículos abandonados. No que diz respeito ao trânsito, adotaremos tolerância zero para solucionar esses problemas”, afirmou.

A ação, realizada entre 14h e 19h, tem amparo na Lei n.º 14.599 e no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que autorizam a remoção de veículos em estado de abandono ou sinistrados, mesmo sem infrações associadas. A legislação determina que esses veículos, ao ocuparem espaços públicos de forma irregular, podem ser removidos para garantir a organização urbana e a segurança no trânsito.

Denúncias

Com base em denúncias feitas à Ouvidoria, a Segbel realizou um estudo técnico para identificar as áreas com maior concentração de veículos abandonados. A operação identificou 11 pontos críticos na capital paraense, incluindo a travessa Mariz e Barros, entre a rua Antônio Everdosa e a avenida Pedro Miranda, onde uma van abandonada dificultava a utilização do espaço público.

“Além da Ouvidoria, contamos com o trabalho operacional de nossos agentes, que, durante as rondas, notificam e registram a situação desses carros abandonados. Com base nesses critérios, planejamos a operação para atuar diretamente nos pontos mais críticos e atender a uma demanda antiga da população”, explicou Luciano de Oliveira, titular da Segbel.

Além de melhorar o fluxo de veículos, a “Operação Carro Velho” contribui para a saúde pública e a segurança. Veículos abandonados podem promover a proliferação de pragas, como roedores e insetos, e servirem como esconderijos para atividades criminosas.

A agente de portaria escolar Simone Nascimento comemorou a remoção da van que estava em frente à vila onde mora, facilitando a acessibilidade para seu filho Wallace Nascimento, que utiliza cadeira de rodas. “Aqui na Mariz e Barros muitas pessoas moram em vilas e não têm garagem. Quando chego com meu filho, que usa cadeira de rodas, não tenho onde estacionar porque a maioria das casas não possui garagem. Eu acabava deixando ele na calçada e indo estacionar bem longe, quase na Pedro Miranda. Isso dificultava muito, porque precisava carregá-lo até a vila. Agora, com essa remoção, ficou ótimo, pois liberou espaço. Antes, a van ficava bem na entrada, atrapalhando a passagem. Agora, posso estacionar em frente e levar meu filho com mais facilidade e segurança. Essa mudança vai melhorar muito a mobilidade”, disse.

Operação contou com apoio da Guarda Municipal de Belém

A operação de remoção contou com o apoio da Guarda Municipal de Belém, que atuou em conjunto com a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). Vinte agentes da GMB e seis da Semob participaram da ação, utilizando cinco viaturas da Guarda, três do órgão municipal de trânsito e quatro guinchos para a remoção dos veículos.

Participaram da ação os grupamentos Tático (GAT), Ronda Ostensiva Municipal (Romu) e a Inspetoria do Distrito da Sacramenta (Dasac). O subcoordenador de divisão da GMB, Carlos Dimitri Cavalcante, destacou a importância da remoção desses veículos. “Para que as pessoas possam se deslocar, o carro de aplicativo precisa parar longe para que elas consigam acessar o transporte. Por isso, esses veículos precisam ser removidos para evitar mais transtornos à população e, principalmente, ao trânsito. Não podemos permitir que permaneçam ali, com pneus secos, vidros quebrados e deteriorados, além de acumular problemas de saúde”.

Proprietários têm 60 dias para resgatar veículos

Após a apreensão, o veículo é encaminhado ao pátio da Semob. O proprietário tem 60 dias para retirá-lo, mediante o pagamento das taxas correspondentes. Caso não seja resgatado dentro do prazo, o veículo pode ser levado a leilão.

Para solicitar a liberação, é necessário apresentar original e cópia dos documentos do proprietário ou representante legal (com procuração particular) e do veículo. Também é obrigatório o pagamento das taxas de remoção e estadia, além da quitação de eventuais multas e regularização do licenciamento.

Somente em janeiro deste ano, a Ouvidoria da Segbel recebeu 73 reclamações sobre veículos abandonados. Denúncias podem ser feitas pelo e-mail gabs.semob@cinbesa.com.br ou pelo telefone (91) 98415-4587.

Belém