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Motoristas adotam estratégias para não usar celular ao volante, em Belém

“Eu estaciono e aí, então, eu atendo o telefone”, diz o taxista Ribamar Pinheiro; em 2023, o Pará registrou 1.947 infrações a condutores flagrados falando ao celular enquanto dirigiam

Dilson Pimentel

Em 2023, o Pará registrou 1.947 infrações a condutores flagrados falando ao celular enquanto dirigiam. Em 2022, foram 3.621 autuações. Em 2024, até o mês de setembro, foram contabilizadas 1.201 multas. Isso indica queda em relação ao ano anterior, informou o Departamento de Trânsito do Estado. O Detran acrescentou que tem reforçado as campanhas educativas e ações de fiscalização para conscientizar os motoristas sobre os perigos dessa prática..

Em Belém, os motoristas adotam estratégias para não usar o celular enquanto dirigem seus veículos pelas ruas da cidade. O taxista Ribamar Pinheiro, de 76 anos, disse que, quando está dirigindo, não atende o celular. “Eu estaciono e aí, então, eu atendo o telefone”, contou. Ele observou que o celular é fundamental para o seu trabalho, mas que a vida está em primeiro lugar. “O importante é a responsabilidade. Tendo responsabilidade, você chega em qualquer lugar”, afirmou. “Agora, sem responsabilidade, você é um motorista qualquer”, contou ele, que tem 35 anos de profissão.

image O taxista Ribamar Pinheiro, de 76 anos, disse que, quando está dirigindo, não atende o celular: “Eu estaciono e aí, então, eu atendo o telefone” (Foto: Igor Mota | O Liberal)

O motorista de aplicativo Sérgio Souza, 45 anos, coloca o celular em um suporte fixo do carro, exatamente para que não ter que atender o telefone Por causa do uso de celular, ele já se envolveu em um acidente de trânsito. “A pessoa me ligou, o sinal estava fechado e eu ainda atendi. Coloquei no viva-voz. O sinal abriu. Quando eu acelerei, a outra pessoa da frente parou e eu bati atrás. Eu só encostei. Foi rápido”, contou. Desde então, redobrou os cuidados ao volante. “Até porque o carro que eu bati era bastante caro”, lembrou.

Matéria publicada no portal OLiberal.com, nesta quinta-feira (28), mostrou que uma média de 4 multas por uso de celular ao volante são aplicadas por dia no Pará. A média foi calculada com base no total de infrações desse tipo (1.201 multas) que foram registradas de janeiro a setembro de 224, conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Em 2022, foram 3.621 autuações. Já em 2023, foram 1.947 infrações a condutores flagrados falando ao celular enquanto dirigiam. O Detran do Pará destaca que tem reforçado campanhas educativas e ações de fiscalização para conscientizar os motoristas sobre os perigos dessa prática.

Dados recentes do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) apontam redução das infrações relacionadas ao uso de celular ao volante. De acordo com o levantamento, em 2023 o Pará registrou 1.947 infrações a condutores flagrados falando ao celular enquanto dirigiam, enquanto que em 2022 foram 3.621 autuações. Em 2024, até o mês de setembro, são contabilizadas 1.201 multas, o que indica queda em relação ao ano anterior. O Detran tem reforçado campanhas educativas e ações de fiscalização para conscientizar os motoristas sobre os perigos dessa prática.

image O motorista de aplicativo Sérgio Souza, 45 anos, coloca o celular em um suporte fixo do carro, exatamente para que não ter que atender o telefone (Foto: Igor Mota | O Liberal)

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“Não se pode dirigir falando ao celular, porque isso acaba tirando a atenção e a batida ocorre em fração de segundos”, diz o diretor técnico-operacional do Detran, Bento Gouveia

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Nos meses de janeiro e fevereiro foram realizadas 32 barreiras de fiscalização; entre as principais infrações está o uso de celular ao volante e falta de equipamentos de segurança.

"Não se pode dirigir falando ao celular", diz diretor do Detran

As campanhas educativas realizadas pelo órgão têm sido fundamentais para essa mudança de comportamento. “Não se pode dirigir falando ao celular, porque isso acaba tirando a atenção e a batida ocorre em fração de segundos. A todo momento devemos estar atentos ao trânsito”, disse o diretor técnico-operacional do Detran, Bento Gouveia.

Segundo ele, as ações educativas voltadas à sensibilização dos condutores se intensificam a cada ano, percorrendo todo o Estado para alertar a população. Os riscos associados ao uso de dispositivos móveis enquanto se dirige está entre as principais causas de lesões graves no trânsito e sempre são alvo das operações dos agentes de educação. “O uso de smartphones tornou-se parte integrante da vida cotidiana, no entanto, o Detran alerta que essa conexão virtual traz um grave problema que é a distração ao volante. O uso indevido do celular enquanto se dirige não apenas compromete a segurança dos motoristas, mas também coloca em risco a vida de pedestres e passageiros”, afirma Gouveia.

Em 2023, o Estado registrou um total de 8.093 sinistros de trânsito ocasionados pela falta de atenção, o que inclui o uso ou o simples manuseio do celular ao dirigir, já que este hábito pode causar a perda de controle do veículo. Levantamento realizado em 2024 pelo Portal do Trânsito aponta que o uso do celular aumenta em 400% o risco de acidentes e, no Brasil, é a terceira maior causa de mortes no trânsito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a distração contribui em cerca de 30% dos acidentes fatais.

Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir veículo falando ao celular é categorizado como uma infração média, sujeita a uma multa de R$130,16 e a adição de quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já o ato de segurar e manusear o celular é considerado uma infração gravíssima, com multas que podem alcançar R$ 293,47, além de sete pontos na CNH.

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