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Morte de Cid Moreira emociona apresentador paraense que se inspirou no jornalista nos anos 70

Naquela década, o jornalista paraense Francisco Cézar apresentava o Jornal Nacional – Edição Local pela TV Liberal, e era conhecido por seu estilo semelhante ao de Moreira

O Liberal

A morte do jornalista e locutor Cid Moreira, aos 97 anos, foi recebida com tristeza por profissionais da comunicação, especialmente entre aqueles que o tinham como referência. No Pará, o jornalista Francisco Cézar Nunes da Silva, 75, lamentou o falecimento e relembrou dos anos 70, época em que apresentava o Jornal Nacional – Edição Local pela TV Liberal, afiliada da Globo.

Cézar, que era conhecido por seu estilo semelhante ao de Cid Moreira, conversou com a reportagem do Grupo Liberal sobre a perda do profissional que o inspirou ao longo de sua carreira. “Para todos os brasileiros, a morte do Cid foi muito triste. Nós gostaríamos que ele vivesse muito mais, embora tenha sido uma vida longa, pois ele morreu com 97 anos”, afirmou Cézar, demonstrando sua admiração.

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Francisco Cézar, que era a “versão paraense” de Cid Moreira, reproduzia na TV Liberal o estilo e a postura do locutor. Ele ressaltou que isso era uma escolha pessoal e não uma determinação da emissora.

“O Jornal Nacional foi lançado pela Globo em 1969 com o objetivo de atingir todo o Brasil. O Cid Moreira estreou juntamente com o Hilton Gomes. O que chamou atenção de todos foi a presença impactante no vídeo. A voz do Cid Moreira era inigualável, uma voz forte, bonita, marcante”, elogiou.

“Ele tinha uma presença que impactava todo mundo. Eu comecei na TV Liberal em 1976, exatamente na abertura da televisão, que foi em abril de 1976. Eu apresentava o Jornal Nacional – Edição Local. Na época, a figura do Cid Moreira me inspirava, primeiro, pelo elevado grau de profissionalismo. Segundo, pela presença física importante e a voz inigualável. Então, eu procurava modestamente reproduzir aqui pelo menos um pouco da atuação dele”, relembrou Cézar.​

Além de Cid Moreira, Francisco Cézar também mencionou outros grandes nomes que marcaram sua trajetória no telejornalismo. “Na época, nós tínhamos na TV Liberal o Walter Bandeira, um grande profissional da locução e também um grande cantor. Nós treinávamos com ele sempre procurando ter uma atuação à altura desses grandes apresentadores da Globo. O Hilton Gomes ficou dois anos, e depois veio o Sérgio Chapelin, de quem me tornei fã também por causa da apresentação impecável dele”, contou.

Embora Cézar tenha tido a honra de receber Sérgio Chapelin em Belém, ele lamenta nunca ter conhecido Cid Moreira pessoalmente. “Nas vezes em que eu fui ao Rio [de Janeiro] e à Globo, ele estava de férias”, revelou.

Cézar também compartilhou uma curiosidade de sua carreira: ele chegou a ter um fã clube. “Naquela época, eu tive até fã clube. Um belo dia eu recebi uma carta, comunicando que um fã clube foi formado. Ficava até perto da emissora, ali na Doutor Moraes. Era muito interessante, porque a televisão tinha uma audiência absurda. À noite, principalmente, as pessoas se reuniam para assistir televisão”, relembrou o jornalista.

Belém