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Moradores fecham rua na Pedreira com lixo e entulho para chamar atenção da Prefeitura

Segundo as pessoas que vivem naquele trecho, quando o dia clareou, a via já estava sem passagem devido à quantidade de material descartado no local

Elisa Vaz

Alguns moradores do bairro da Pedreira, que não se identificaram, fizeram uma espécie de protesto contra a situação da coleta de lixo em Belém, A Rua Nova, no perímetro entre Barão do Triunfo e Mauriti, amanheceu fechada com lixo e entulho neste sábado (30). Segundo as pessoas que vivem naquele trecho, quando o dia clareou, a via já estava sem passagem devido à quantidade de material descartado no local.

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A reportagem esteve no perímetro pela manhã e viu, além de descartes domésticos, restos de sofás e outros eletrodomésticos e móveis, inclusive colchões. Equipes da Prefeitura de Belém já estavam retirando os materiais descartados por volta de 9h30. O Grupo Liberal acionou a administração municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), e aguarda resposta.

Mobilização

Comerciante, Maria de Lourdes Souza, de 70 anos, que mora nas proximidades, diz que a situação chegou a esse ponto porque a Prefeitura “não toma uma atitude”. Ela relata que, todos os dias, os moradores colocam seus resíduos para fora de casa, mas a coleta não é feita

“Eu sou obrigada a pagar para tirar o lixo da frente da minha loja porque é feio. O lixeiro não vem, as ruas todas de Belém estão tomadas por lixo. Então, as pessoas colocam na rua para ver se eles tomam uma atitude, eu acho justo a gente brigar pelos nossos direitos, nós pagamos IPTU, nós pagamos nossos impostos para ter uma qualidade de vida e a gente não tem”, comenta.

Mesmo com a ação, Maria não tem expectativas de que a situação melhore. Ela conta, inclusive, que não é a primeira vez que isso aconteceu - em outros momentos, os moradores já chegaram a fechar a via com entulhos para chamar atenção. “Vai acumulando, vai acumulando. Se viessem toda noite recolher o lixo não estaria assim”.

Opinião

Já o microempresário Paulo Torres, de 68 anos, que mora em uma vila bem na frente do ponto fechado pelos moradores, discorda da mobilização. Ele lembra que o acúmulo de materiais descartados começou uma semana atrás, de pouco em pouco. “Começou a lotar e agora tá aí essa lixaria. O prefeito deve muito à população, mas o povo também não colabora”, ressalta.

O morador enfatizou que não havia apenas lixo domésticos, que é o que deve ser descartado diariamente para a Prefeitura recolher, mas também restos de móveis e eletrodomésticos, e que a rua não é o local correto para fazer esse descarte. “Eu acho que os caras, no fim de ano, trocam de sofá, cadeira, cama e não têm onde jogar e vieram jogar para cá. Não concordo com essa atitude”.

Na opinião de Paulo, manter o lixo acumulado dessa forma é prejudicial para a saúde e é até anti-higiênico. Ele afirma que o cheiro fica muito forte e o lixo atrai moscas, baratas e ratos. A única vantagem, para o morador, foi a rapidez com que a Prefeitura agiu após o protesto, recolhendo todo o descarte feito na rua.

Belém