A queda de uma árvore de médio porte na noite desta quinta-feira (20) na avenida Rômulo Maiorana, próximo à travessa Enéas Pinheiro, no bairro do Marco, acendeu o alerta para um problema recorrente em Belém: a insegurança com quedas de árvores. O incidente, felizmente, não deixou feridos nem danificou veículos, mas reacendeu o debate sobre os riscos enfrentados por quem transita ou pratica atividades físicas na região. Apenas um mês antes, uma árvore de grande porte caiu na avenida Almirante Barroso, bloqueando o trânsito e danificando parte do muro do Bosque Rodrigues Alves.
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Morador do Marco há mais de 30 anos, o militar aposentado Adalberto Vasconcelos, 50, reconhece o problema, mas segue frequentando o Bosque.
"Eu acho que é devido ao tempo das árvores aqui no nosso bosque, e não sei se a manutenção é feita corretamente. No momento, ainda vejo segurança para caminhar, mas é algo que precisa de atenção", disse.
Também moradora do bairro do Marco há mais de 30 anos, a aposentada Ariete Cohen, 68, que reside na travessa Pirajá, expressa preocupação com as quedas frequentes de árvores na cidade.
"Isso a gente vê com muita tristeza, né? Porque elas fazem parte do nosso dia a dia, do ar que a gente respira, e de repente somos surpreendidos com uma árvore caindo. É uma tristeza", lamentou.
Ariete relata que ouviu, de casa, o estrondo da queda da árvore na última quinta-feira: "A gente escutou na cozinha, eu, minha filha e meu filho. Um minuto depois, vimos na internet que tinha acontecido essa queda aí", contou.
No final de janeiro, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Semma), iniciou um trabalho de podas e retirada de árvores no interior do Jardim Botânico da Amazônia Rodrigues Alves. O levantamento das condições das árvores no espaço já foi realizado, e várias plantas foram cortadas ou podadas, especialmente as próximas às vias públicas.