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'Missão Belém', em Benevides, recebe complexo de cozinha industrial, padaria e fábrica de açaí

A comunidade vive de doações e atende 285 homens em situação de rua; a entrega dos equipamentos ocorreu na manhã deste sábado (30)

Dilson Pimentel

A Comunidade Missão Belém, no município de Benevides, na região metropolitana da capital paraense, viveu uma manhã especial neste sábado (30), com a inauguração do complexo de cozinha industrial, padaria e fábrica de açaí. Funcionando na capital paraense há 16 anos, e vivendo de doações da população, a comunidade atende 285 homens em situação de rua - jovens, adultos e idosos.



A obra teve o projeto assinado pela arquiteta Larissa Chady. A comunidade recebe o apoio fundamental do Grupo Amigas Solidárias, formado por 80 mulheres. Responsável pela comunidade, o padre Divã Anisio de Sousa, contou que a comunidade começou em São Paulo, há 19 anos, na Arquidiocese de São Paulo. Em Belém, está há 16 anos, sendo vinculada à Arquidiocese de Belém. E, nesse endereço em Benevides, está há 12 anos. “O objetivo da comunidade é resgatar pessoas em situação de rua, para que eles tenham um encontro com Deus. Acreditamos que, tendo essa experiência com Deus, possam transformar suas vidas”, afirmou.

O padre Divã disse que a comunidade vive de doações. Agora, com a inauguração deste sábado, esses equipamentos vão permitir que os moradores tenham uma boa alimentação, principalmente os idosos, e, também, uma fonte de renda. E para a formação profissional dos moradores.

Na comunidade, que tem horta e criação de animais, trabalham 28 voluntários. Algumas pessoas procuram a comunidade diretamente. “Outras vamos buscar na rua, pela evangelização. Temos uma conversa e fazemos um convite se a pessoa deseja mudar de vida”, explicou o padre, que está na comunidade desde a sua origem. Ele explicou que há moradores que não têm mais vínculo familiar. “Alguns ainda têm. Outros, não. Os idosos, principalmente, são os que menos têm”, afirmou.

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“Aqui é um complexo de cozinha industrial, padaria e fábrica de açaí, que é para ajudar na subsistência deles. Então hoje eles já produzem pães e biscoitos para vender, mas tudo de uma maneira mais artesanal, com equipamentos mais simples, que não dá para a produção de uma grande quantidade. Com essa nova padaria, eles vão poder produzir uma quantidade bem maior, com mais qualidade, para poder vender mais”, explicou. Ana Paula disse que o próximo passo é construir um dormitório para abrigar mais pessoas. O Grupo Amigas Solidárias completará 12 anos em março de 2025.

“Eu gosto de morar. É coisa de Deus”, diz artista plástico Alberto Bentes

O artista plástico e poeta Alberto Bentes, 60 anos, mora na comunidade há dois meses. Ele, antes, morava em Manaus. “Eu gosto de morar aqui. É coisa de Deus mesmo”, afirmou. Alberto contou que sua esposa faleceu há três anos, o que causou um grande impacto em sua vida. Eles eram casados havia 40 anos. “Você passar por uma situação difícil, com a morte da minha esposa, e estar procurando a restauração. É você dormir em paz, acordar em paz”, contou. “E o remédio aqui, na realidade, é a oração 24 horas”, disse.

Durante a inauguração, ele leu uma poesia: “Em nome da Missão Belém, venho aqui agradecer pelos benefícios que nos doaram, para nossa vida favorecer. Teremos uma excelente cozinha e uma padaria também; e o melhor açaí da região é o açaí da Missão Belém”. Por sua contribuição à causa, a senhora Adélia Rendeiro Tavares, que participou do evento, também recebeu uma homenagem especial. Uma placa com seu nome foi afixada na parte do espaço onde houve a inauguração.

 

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Op. 003

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