Missa do Quinto Domingo da Quaresma, celebrada na sede do Grupo Liberal, reflete sobre obediência
A leitura tida como base para a homilia do dia foi retirada do livro de João, capítulo 12, versículos de 20 a 33
A missa do Quinto Domingo da Quaresma, celebrada hoje (17) na sede do Grupo Liberal, teve uma reflexão especial: padre Cláudio Pighin falou sobre a importância da obediência a Deus. A leitura tida como base para a homilia do dia foi retirada do livro de João, capítulo 12, versículos de 20 a 33.
“A palavra de Deus nos convida a refletir bastante sobre esta aliança de Deus com a humanidade. E Jesus é a nova aliança definitiva, onde Deus revela o quanto ama esta humanidade e quer resgatar todo mundo, sobretudo aqueles que são obedientes a Ele”, afirmou o sacerdote.
A palavra de Deus também reflete que ter acesso a Jesus é para todos, segundo Pighin. Um exemplo disso foi o interesse do povo grego, que é pagão, em conhecer o Filho de Deus. “O Evangelho diz que os gregos quiseram visitar o templo. Os gregos são pagãos. Não são judeus. O templo de Jerusalém é feito para o povo judeu”.
“Mas eles disseram se referir não tanto ao templo de David, mas ao templo Jesus, porque pediram aos discípulos de Jesus de ver Jesus. Em João, ver não é só ver fisicamente, quer dizer conhecer Jesus. Isto mostra que todo mundo pode conhecer Jesus. Não é exclusividade de ninguém”, completa o padre.
Mediação
Para que fosse possível aos gregos conhecer Jesus, eles precisaram de uma mediação, isso, alguém que apresentasse o caminho. Esse papel foi realizado pelos discípulos, na época. “Hoje em dia, também, nós precisamos dessas mediações para conhecer Jesus. Este é o verdadeiro templo que nos salva”, diz o religioso.
O papa, os bispos, padres e diáconos da Igreja Católica, atualmente, são os responsáveis por fazer essa ponte descrita pelo padre Cláudio. “Isto ajuda a fazer esta experiência de conhecer. Então, conhecendo, a gente tem mais habilidade para obedecer a Ele. Obedecer não é como aquela vaquinha do presépio. Obedecer vem de uma palavra latina que quer dizer: escutar atentamente Deus na nossa vida”.
“Precisamos nos concentrar, portanto, e saber discernir essa presença de Deus na nossa vida através de tantos eventos, palavras, carinhos, a compreensão, a ajuda, a misericórdia. E assim a gente vai vivendo a nossa preparação na Páscoa, ensaiando essa nossa obediência a Deus, e não obediência ao mundo”, destaca Pighin.
Preparação para a Páscoa
Já na reta final de preparação para a Páscoa de Jesus, o padre garante que ainda há tempo de definir propósitos e melhor viver o período. “Como viver intensamente isso? Por exemplo, eu dou uns propósitos. Uma pessoa pode visitar um doente, que está com dificuldades, ficar próximo da pessoa que precisa. É uma maneira de escutar Deus”.
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E conclui: “Ou também escutar um pobre, dar atenção a um pobre, um mártir, uma pessoa de rua, é também uma maneira de escutar atentamente Deus na nossa vida. Tem mil maneiras para fazer essa preparação. A oração também é muito importante”.
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