Mapeamento identifica 27 árvores com alto risco de queda, em Belém
As árvores notificadas passarão por intervenção em caráter de urgência, informa a Prefeitura de Belém
Em Belém, 47 árvores devem passar por intervenção, sendo 27 em caráter de urgência por risco iminente de queda. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 4, pela prefeitura. A identificação desses vegetais é resultado de um mapeamento técnico realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Semma). Na última segunda-feira (3), foram retomados os trabalhos de poda e supressão para prevenir as recorrentes quedas de árvores na cidade, começando pelo Bosque Rodrigues Alves e a travessa Dr. Moraes.
De acordo com chefe da Divisão do Departamento de Áreas Verdes Públicas da Semma, Junior Melo, o estudo realizado em 14 bairros levou em conta fatores como inspeção visual, análise fitossanitária e laudos técnicos prévios. O levantamento também identificou 110 árvores que precisarão passar por manutenção ainda em fevereiro, com serviços de poda e, em casos extremos, supressão.
"O principal critério para definir as áreas prioritárias é o risco iminente de queda. Árvores inclinadas, com raízes expostas, calçadas levantadas e porte muito alto são as que apresentam maior necessidade de intervenção", explica Junior Melo.
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Além da identificação das árvores em risco, a Semma já iniciou os trabalhos no centro de Belém, onde a maioria das intervenções são podas de condução, rebaixamento e livramento, além de 27 supressões programadas. Segundo a secretaria, o mapeamento das árvores é um trabalho contínuo, garantindo que novas áreas sejam constantemente avaliadas e incluídas no cronograma de manutenção.
Vistorias diárias e ampliação para novos bairros
O maior desafio da operação é reduzir a demanda reprimida desde setembro de 2024, quando os serviços de poda foram suspensos. A falta de manutenção por meses resultou em um acúmulo de árvores comprometidas, e 11 já caíram desde o início do ano. Sob a nova gestão da Prefeitura de Belém, as equipes técnicas realizam vistorias diárias, observando sinais como presença de ervas daninhas, base cimentada e danos na estrutura da árvore.
Para acelerar a ampliação do serviço de manutenção, a Semma recontratou uma empresa terceirizada, que atuará ao lado das equipes da Prefeitura. A ação seguirá um cronograma técnico, priorizando áreas com maior risco. Os próximos bairros que receberão os serviços incluem Campina, Castanheira, Icoaraci, Jurunas, Marco, Nazaré, Parque Guajará, Pedreira, Ponta Grossa, Souza, Telégrafo, Tenoné e Umarizal.
Entenda a diferença entre poda e supressão
O chefe da Divisão do Departamento de Áreas Verdes Públicas, Junior Melo, explica que a supressão é um tipo de poda mais drástica, realizada apenas quando a árvore está morta ou oferece risco iminente de queda. "A supressão só é feita em último caso", reforça Junior Melo. Já as podas podem ser de diferentes tipos como a condução (orienta o crescimento da árvore); livramento (evita interferências com fiações elétricas e construções); rebaixamento (reduz a altura da copa para evitar riscos); levantamento (elimina galhos baixos que atrapalham a circulação).
A secretária de Meio Ambiente e Clima, Juliana Nobre, reforçou a importância do trabalho. “Nós lançamos o programa Cidade Verde com o objetivo de aumentar o percentual de arborização na cidade, contribuindo para a melhoria do microclima, biodiversidade, conforto térmico. Isso é fundamental quando pensamos na emergência climática e na necessidade de se ter um município mais sustentável e resiliente. É importante destacar que, dentro desse programa, fazem parte o inventário florístico da cidade e a manutenção das áreas verdes urbanas”.
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