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Lixo eletrônico: manual ensina como descartar esse tipo de resíduo corretamente

Trabalho é fruto do mestrado de estudante e professor da UFPA e traz informações oportunas sobre consumo e uso de produtos eletrônicos

Eduardo Rocha

Os produtos eletrônicos estão atrelados à vida dos cidadãos, mas também podem comprometer em muito a saúde das pessoas e o meio ambiente se não forem corretamente descartados, e, pensando nessa relação contumaz, o estudante Moises Santiago de Oliveira acaba de concluir mestrado confeccionando o "Manual Interativo sobre Lixo Eletrônico e seu descarte adequado". O trabalho foi orientado pelo André Cutrim Carvalho, como parte do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGDAM) do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O manual traz informações e orientações sobre o consumo e o descarte desses produtos, inclusive, acerca da atenção devida às artimanhas do mercado para influenciar a compra sucessiva de artigos eletrônicos pelo público.

No Manual, o público encontra informações sobre as diferenças entre lixo, resíduos e rejeitos, compreender conceitos de resíduos sólidos e resíduos tecnológicos, quais são os equipamentos eletroeletrônicos, a composição desse resíduo tecnológico (composição complexa, de diversos itens, como vidro, cobre, metais pesados, plástico) e os efeitos da obsolescência programada (a diminuição da vida útil de um produto posto no mercado de consumo) e a diferença entre a obsolescência programada e a natural. A programada gera acúmulo de produtos eletrônicos a partir de modismos de consumo. 

O Manual traz informações sobre reciclagem, a logística reversa (ciclo de retorno do produto do consumidor na ponta ao processo de fabricação) e a coleta seletiva. Na coleta seletiva, existe uma específica para o resíduo tecnológico. Outro aspecto destacado é a diferença entre aterro sanitário e lixões, além da educação ambiental que norteia a dissertação de mestrado de Moises Oliveira. "No Manual, eu elenco alguns empreendedores sociais, que são empresas sociais que trabalham desde o recebimento dos resíduos tecnológicos até a destinação final. Eu cito duas empresas em Belém, que são o Instituto Alachaster, trabalhando a parte de educação ambiental, e a Descarte Correto, que atua especificamente com lixo eletrônico e destinação ambientalmente adequada", pontua Moises Oliveira. 

Orientações

A partir da publicação, a ser acesssada no site do PPGEDAM/UFPA, entende-se que resíduos sólidos são todo material ou objeto que não serão mais aproveitados, sendo descartados pelo ser humano na natureza, o que inclui os tecnológicos, ou seja, aparelhos eletroeletrônicos, tais como: computadores, televisores celulares, lâmpadas, baterias, pilhas e outros. Equipamentos eletroeletrônicos são todos aqueles produtos cujo funcionamento depende do uso de corrente elétrica ou de campos eletromagnéticos.

Um computador pode ser reutilizado ou reciclado. Na reutilização, pode ser usado por outras pessoas ainda como computador; na reciclagem, como matériaprima ou insumo: cobre, plástico, vidro e outros.

A coletiva seletiva de resíduos tecnológicos em Belém conta com diversos pontos de recebimento desse produtos - funcionam associações de catadores e empreendedores sociais. Como empreendedores sociais, atuam o Instituto Alachaster e o Descarte Correto.

Resíduos podem ser entregues nos ecopontos do Alachaster (Instagram: @institutoalachaster): Centro de Triagem (CT): Na rua Marcilio Dias, 28, bairro da Marambaia, de segunda a sexta, das 9h às 12h e de 14h às 16h; Parque do Utinga: na avenida João Paulo II, s/n (entrada da Cosanpa/Ideflor), na sexta, sábado, domingo e feriados, das 8h às 14h; Belém Porto Futuro (Estacionamento): terça a domingo e feriados, das 8h às 20h. E ainda no Descarte Correto (Instagram: @descartecorreto): Galpão: na avenida João Paulo II, 1134, bairro do Marco, CEP: 66095-490, de segunda a sexta, das 8h às 17h.

Moises Oliveira e André Cutrim orientam a quem possui resíduos tecnológicos a verificar a qual linha o seu resíduo pertence, se é verde, azul, marrom ou branca; separá-los de acordo com cada linha de classificação; nunca colocar o “lixo eletrônico” junto com os resíduos sólidos que integram a coleta seletiva tradicional; ligar para um empreendedor social ou alguma cooperativa de catadores para realizar a coleta do seu resíduo tecnológico; caso eles não possam estar fazendo a coleta presencial, transportar o material para algum Ponto de Entrega Voluntária (PEV), a partir de informações nas redes sociais dos empreendedores sociais.

Prefeitura

Por iniciativa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), nesta sexta-feira (1º/09), terá continuidade a ação de Coleta de Lixo Eletrônico. Ela ocorrerá ao longo do mês de setembro, sempre as sextas-feiras, das 9h às 14h, com pontos de arrecadação itinerante no Horto Municipal, na Praça Batista Campos, praça Pet, Praça da República e Aldeia Cabana, na avenida Pedro Miranda.

A ação é viabilizada pela parceria entre a Prefeitura de Belém e o Instituto Descarte Correto, para receber lixo eletrônico, como celulares, computadores, tablets, televisores, baterias e pilhas. No Horto Municipal, desde junho funciona um ponto permanente de coleto de lixo eletrônico e, até o momento, a Semma já recebeu mais de uma toneladas desse tipo de material. 

Confira a programação de recolhimento de lixo eletrônico às sextas-feiras de setembro:

Dia 1º - Horto Municipal, localizado na rua dos Mundurucus, S/M, Batista Campos;

Dia 8 - Praça Batista Campos;

Dia 15 - Praça Pet K9, na Visconde de Souza Franco (Doca), Viela Santa Rita Bezerra, 105-245 - Umarizal; 

Dia 22 - Praça da República, próximo ao Theatro da Paz; 

Dia 29 - Aldeia Cabana, na avenida Pedro Miranda.

 

Belém