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Isolamento pode estimular a compulsão alimentar

Clínica da Nutrição oferece orientação nutricional remoto durante a pandemia.

Redação Integrada

Comer muito em pouco tempo e não perceber o descontrole pelo o que está sendo ingerido. Essa é a principal característica da compulsão alimentar, um transtorno que pode causar obesidade, diabetes e hipertensão. Especialistas afirmam que o período de isolamento pode favorecer esse quadro e que o tratamento deve ter acompanhamento nutricional e psicológico.

A professora do curso de Nutrição da Universidade da Amazônia (Unama), Danielle Farias, explica que o distúrbio é um transtorno emocional de cunho alimentar na qual o indivíduo canaliza as emoções para a alimentação. “A compulsão alimentar é um estímulo físico da fome, mas também muito relacionado às relações sociais, alimentares e até mesmo a questão do afeto com a comida”, afirmou.

O alerta é ainda maior com o período de isolamento social, por conta das medidas de prevenção contra o Covid-19. “Nesse período de isolamento, com a questão da ansiedade, o medo, a rotina de tarefas mais reduzida corrobora para a compulsão alimentar ser uma crescente. A alimentação dos pacientes deve ser observada quando as pessoas comem sem perceber. Isso pode ocorrer com crianças ou adultos que comem enquanto assistem televisão ou estão no computador e que não percebem o ato da alimentação, ingerida em pouco tempo”, explicou a professora.

O tratamento deve ser feito com uma alimentação rica em serotonina, hormônio que estimula o prazer e bem-estar, segundo Danielle Farias. “Esse hormônio vai atuar no neurotransmissor, uma substância química que atua no cérebro, que controla o humor e o sono. Esse hormônio tem a capacidade de organizar a nossa taxa metabólica para que se consiga um bom sono, além de nos ajudar na concentração na hora da refeição", disse.

As consequências desse quadro são obesidade, diabetes e hipertensão. Estas doenças baixam a imunidade e podem causar complicações em pacientes contaminados pela Covid-19. “Recomendamos alimentos como grão –de- bico e banana que, além do potássio e do fornecimento de energia pelo carboidrato, vai contribuir para a formação da serotonina.  Aveia, folhas verdes escuras, o arroz integral, frutas cítricas e oleaginosas (nozes e castanhas) também são importantes e irão garantir a saciedade, fornecer fibra, zinco e estimular o bom humor e liberação do hormônio”,  concluiu a professora.

Belém