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Instituto Como Contar lança documentário sobre efeitos do abuso sexual em crianças nesta quarta (18)

Projeto funciona como alerta para o enfrentamento de casos no país

O Liberal

Transcorre nesta quarta-feira (18) o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma data que serve para a reflexão acerca de como a sociedade atua para proteger suas crianças e adolescentes diante desses dois tipos de crime. Até porque o trauma que fica nas vítimas perdura ao longo da vida, como é enfatizado pela campanha do Instituto Como Contar, de São Paulo, que lança neste dia de mobilização (Maio Laranja) um minidocumentário com relatos de pessoas que sofreram essas violências. "A gente nunca volta para a mesma forma. É como se a gente perdesse a própria identidade", afirma uma das vítimas no documentário "Infância Livre de Abuso". 

Cybele Ozório, consultora de Inovação em Políticas Públicas informa que o Instituto Contar atua desde 2018 com ações de acolhimento e defesa das vítimas, recebendo e encaminhando denúncias e promovendo a educação protetiva com foco na prevenção e orientações a famílias por meio de eventos temáticos. Além disso, o instituto tem atuado na proposição de políticas públicas. Atenção também é dada aos casos de assédio em locais de trabalho.

Gravidade

Como informou Cybele Ozório, de 3 a 4 crianças são vítimas de abuso sexual no Brasil a cada hora, segundo estimativa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Governo Federal. Na pandemia, estima-se que uma criança é abusada a cada sete minutos, como divulga o instituto.

O Instituto Como Contar informa que todos os anos, cerca de 60 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes são registrados no Brasil. Entretanto, estima-se que os registros não correspondem nem a 15% do total de casos, podendo o número real chegar à casa dos milhões. 

"Além disso, a pandemia e o isolamento social fez com que os jovens convivessem e estivessem ainda mais vulneráveis aos abusadores, já que 82% dos casos acontecem no círculo intrafamiliar da vítima. O que torna ainda mais urgente gerar informação sobre o tema e levá-la ainda mais longe", comunica o instituto.

O abuso sexual infantojuvenil gera, para a vida das vítimas, transtornos psicológicos e alimentares, comportamentos de risco, bloqueios de carreira, dificuldade de planejar ou até mesmo imaginar um futuro. "Por isso, é tão importante se prevenir casos relacionados à infância", reitera Cybele.

Nesse contexto, o minidocumentário do instituto funciona como um alerta à sociedade sobre a necessidade de enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Para contribuir com os custos do projeto, o Instituto Como Contar conta com a colaboração de interessados por meio de: +55 (011) 98182 2259 e contato@comocontar.org. O minidocumentário poderá ser conferido nas redes sociais e site (comocontar.org), a partir das 10 horas desta quarta-feira (18).

Belém