Ilhas de Belém atraem atenção de visitantes
Gastronomia, frutas, fauna exuberante e acolhimento também são decisivos
Mosqueiro, Cotijuba, Combu, Papagaios, Outeiro, das Onças. Eis as mais famosas das 42 ilhas do arquipélago que integra o território de Belém e atrai turistas do Brasil e do exterior, em um movimento crescente de quem tem curiosidade pela exuberância amazônica em sua fauna e flora.
Atrações turísticas pouco exploradas, as ilhas são ótimos lugares para quem gosta de comer peixes, frutas e tomar açaí em praias de água doce, bastante movimentadas ou pouco frequentadas, dependendo da temporada ou da vontade do viajante de se aventurar na região insular da capital paraense. Em geral, elas são um ótimo destino para pessoas de todas as idades.
De acordo com o diretor da Belemtur – Coordenadoria Municipal de Turismo - Fernando Teixeira, as empresas de viagens da cidade começam a investir nesses roteiros. ‘’A ilha do Combu, por exemplo, é uma das que mais cresce em fama turística. As pessoas de fora já chegam mostrando interesse em conhecê-la, sabem dela’’, afirmou o diretor.
No Combu, enfatizou ele, além dos restaurantes às margens do rio Guamá com forte gastronomia rica em peixes regionais, como o filhote, pescada-amarela e gurijuba, os moradores produzem cacau e açaí nativos e estão mostrando essa produção natural, como atração para turistas que curtem o Ecoturismo. ‘’O chocolate da Nena, produzido a partir de cacau cultivado no Combu, está ficando famoso’’, comentou Fernando.
As ilhas de Mosqueiro e Outeiro são as mais distantes da capital paraense, respectivamente, a cerca de 70 km e 25 km do centro da cidade. Já as ilhas do Combu e dos Papagaios são próximas. O trajeto de Belém até a Ilha do Combu por água dura cerca de 20 minutos. Para a ilha dos Papagaios, 25 minutos. Os passeios para a Ilha do Combu, informou o diretor da Belemtur, costumam começar bem cedo, para que o nascer do sol seja observado na ilha. As saídas de hotéis, por exemplo, são de madrugada, por volta das 4h30 da manhã.
“De janeiro a setembro, é possível ver milhares de papagaios da espécie Amazona amazônica. A explicação para sair tão cedo é que as aves deixam a ilha nos primeiros minutos da manhã, e só voltam quando o sol está se pondo. É bonito de ver. A revoada tem aves diversas, mas cerca de 70% são papagaios mesmo, por isso, o nome do lugar’’, contou Fernando Teixeira.
Cotijuba tem 16k m² de praias, agitadas nos finais de semana e sobretudo no mês de julho, que é de férias escolares em Belém. Contudo, em dias úteis suas praias, excetuando julho, ficam quase desertas. A ilha é rústica, com ruas de terra, e a locomoção é feita a pé, com carroças ou mototáxis. Barcos para Cotijuba, os chamados pôpôpôs, por causa do barulho do motor, saem de Icoaraci, distrito de Belém.
A ilha das Onças está localizada na baía do Guajará, no município de Barcarena, no Pará. Ocupa um espaço de 75 mil hectares e reúne uma comunidade de, aproximadamente, 30 mil famílias, distante cerca de trinta minutos de barco de Belém, o lugar é um dos maiores produtoras de frutos, com destaque ao açaí, que atende grande parte da Região Metropolitana de Belém, vendido todos os dias na Feira do Açaí, do Ver-o-Peso.
Mosqueiro também tem uma orla quilométrica de praias de água doce e uma forte cozinha paraense atraente em pescado, camarão e caranguejo. Outeiro ganha a multidão nos finais de semana. Bares e barracas no fim da tarde e início da noite ficam movimentadas, mas Fernando Teixeira comentou que o turismo em Outeiro é feito por paraenses, mesmo, sobretudo de Belém.
Peixes, frutas, chocolate e açaí enchem os olhos e a boca dos visitantes. A PMB, segundo a Belémtur, tem investido na divulgação das atrações naturais das ilhas de Belém e no conhecimento da gastronomia e modo de vida nesses locais. ‘’Portugal tem mostrado interesse por exemplo e a gente tem dado retorno nesse sentido, estamos sempre à disposição’’, comentou Teixeira.
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