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Grito dos Excluídos reúne diversas organizações em sua 30ª edição, em Belém

O evento reuniu organizações sociais como pastorais, igrejas, movimentos, coletivos, associações, sindicatos e outras entidades

Luciana Carvalho e Thaís Neves

Neste sábado (07/09), Belém sediou a 30ª edição do Grito dos Excluídos e Excluídas, evento que reuniu organizações sociais, incluindo pastorais, igrejas, movimentos, coletivos, associações, sindicatos e outras entidades. A manifestação deste ano, sob o tema "Vida em primeiro lugar" e com o lema "Todas as Formas de Vida Importam. Mas Quem se Importa?", completa 30 anos em 2024 e teve início na avenida Boulevard Castilhos França, buscando chamar a atenção das autoridades e da população para questões de justiça social.


O ato, que visa chamar a atenção das autoridades e da população para questões sociais urgentes, foi precedido por pré-Gritos realizados nos bairros do Benguí, no território quilombola do Abacatal e em Marituba, na Região Metropolitana de Belém. Esses encontros preparatórios trouxeram temas que se tornaram o foco dos debates na manifestação principal deste ano.

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Juscelho Pantoja, coordenador do Grito dos Excluídos em Belém, destacou a importância da união e da organização dos movimentos sociais:"Esse momento é a celebração e a convergência de vozes dos pré-Gritos que realizamos. O grande avanço é a não fragmentação da luta. Nós, não estamos desorganizados, estamos articulados, e somos muitos. Cada um nos seus territórios, lutando."

O coordenador ressaltou ainda que o tema deste ano, "Todas as Formas de Vida Importam, mas Quem se Importa?", busca provocar uma reflexão profunda entre os participantes sobre as violações de direitos. "Esse tema nos convida a olhar para todas as formas de violações de direitos e a questionar como podemos nos organizar para combatê-las e erradicá-las", afirmou.

Dom Paulo Andreoli, bispo auxiliar de Belém, explicou que a Igreja, por meio de suas pastorais sociais, tem atuado há muitos anos no "Grito dos Excluídos" com o objetivo de criar um espaço onde as necessidades dos territórios possam se expressar e ser ouvidos com carinho. Ele, também, destacou a importância da presença da Igreja no movimento: “As pastorais sociais, há muito tempo, estão atuando nessa direção para responder um pouquinho aos clamores do povo", ressaltou.

O Grito dos Excluídos surgiu a partir da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 1993 e 1994, com o objetivo de criar um espaço de articulação popular em defesa de direitos e para denunciar as desigualdades históricas geradas pelo sistema capitalista, que exclui, degrada e mata. O evento conta com a participação de uma rede de articuladores em todo o Brasil, que também propõem a construção de um novo projeto de sociedade, baseado no cuidado, preservação e valorização da vida. 

Neste ano, o lema do Grito dos Excluídos destaca as realidades e lutas dos setores marginalizados no Pará. Além disso, o movimento busca refletir sobre a realização da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que reunirá autoridades de diversos países para discutir e firmar acordos em prol do equilíbrio climático global.

Belém