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Grafite no BRT: conheça os artistas que vão ilustrar os terminais de Belém

A cerimônia de anúncio da iniciativa foi realizada nesta quarta-feira (19). Os terminais do BRT do Tapanã, Maracacuera e São Brás, ganharão murais com ilustrações feitas por artistas regionais

Gabriel Pires

Com ilustrações que destacam o meio ambiente, a sustentabilidade e a cultura local, os terminais do BRT do Tapanã, Maracacuera e São Brás, em Belém, ganharão murais de arte urbana com ilustrações em grafite feitas por artistas regionais - expostos tanto na parte interior quanto na exterior desses espaços. Já a estação do BRT do Mangueirão receberá uma galeria permanente, onde os ilustradores terão a oportunidade de expor os trabalhos realizados por eles. A cerimônia de anúncio da iniciativa foi realizada nesta quarta-feira (19).

O projeto, promovido pela Fundação Cultural de Belém (Fumbel), conta com a participação de artistas como Pedro Ordep, Ghaspar, Fábio Graph, Dannoelly Cardoso, Mama Quilla e And Santos. O processo de ilustração das grafitagens iniciou no terminal do Tapanã, na terça-feira (18). A previsão é que, até o mês de julho, os espaços estejam com as intervenções artísticas totalmente concluídas. A iniciativa tem apoio do projeto Cores do Pará e é patrocinada pela Equatorial Pará, por meio da Lei Semear de incentivo à cultura, do Governo do Estado.

Para o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, o projeto é uma forma de democratizar o acesso à arte. Segundo ele, as intervenções expostas nos terminais transformam-se numa galeria ao ar livre. “A cultura é direito do povo e a arte, como parte dessa busca pela cidadania plena, garante a cidadania cultural. E, por ser direito do povo, ela deve ser viabilizada por quem ama a cidade. Agradeço o apoio da Equatorial, que captou recursos”, afirma o gestor.

Ainda de acordo com Edmilson, expor essas obras em um espaço público também é mais um mecanismo de valorizar os artistas locais. A expectativa é que as ilustrações ainda cheguem a outros lugares. “É importante expor em galeria. Mas o artista que produz em espaços públicos sabe que sua obra pode sofrer um vilipêndio, daí que eles são importantes, porque ao autodemocratizarem, também provocam sentimentos de amor que a galeria, às vezes, não consegue produzir”, pontua o prefeito.

Cultura

O artista plástico And Santos conta que o objetivo das obras retratadas nas paredes dos terminais é ser um convite para apreciar a arte e, ainda, promover harmonia nesses pontos. “Estamos fazendo essa intervenção artística, mas de modo bem peculiar, para falar sobre a nossa Amazônia, nossa cultura. E nada melhor do que o artista local para fazer isso. Inicialmente, faremos nas três principais estações. Esse é o passo inicial. Teremos outros projetos levando o street art de Belém”, destaca.

Já a artista plástica Mama Quilla detalha que as intervenções dela falam sobre a Amazônia e a valorização da mulher enquanto deusa. Com traços bem coloridos, as grafitagens da estação do Tapanã são feitas por ela e pela artista plástica Dannoelly Cardoso. “Eu pego todos esses assuntos misturados junto com as cores e jogo nas paredes. Acho legal essa proposta, porque tira a ideia da obra de arte somente no museu e a traz direto para o contato com a população. Fico muito honrada em participar desse projeto”, frisa ela.

Presente

Coordenador cultural do projeto Cores do Pará, que conta com oficinas de capacitação em artes visuais, André Monteiro destaca que as intervenções nos terminais do BRT são realizadas por membros que já foram do coletivo e reforça a importância da valorização do meio artístico regional. “A gente entende que personalizar o BRT com o tema sustentabilidade e meio ambiente é um presente para Belém às vésperas da COP-30. Estamos numa edição especial com o BRT”, relata.

Analista de Responsabilidade Social da Equatorial Pará, Michelle Miranda, comenta a participação da empresa no projeto: “O projeto Cores do Pará já é patrocinado pela Equatorial há uns quatro anos. Nós sempre fizemos intervenções artísticas nos muros da cidade onde ele passou. Agora, a prefeitura nos convidou para, junto com o Cores do Pará, realizar essa movimentação artística aqui nos BRTs. É a valorização do artista, dessa arte urbana que, às vezes, é marginalizada”, reforça Michelle.

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