MENU

BUSCA

G20 Turismo: último dia de evento é marcado pela aprovação unânime de propostas para o setor

No Brasil, o destaque é para a criação de um Centro de Resiliência Turística até o fim deste ano

Camila Guimarães

Ministros do Turismo das 20 maiores economias do mundo se reuniram na manhã deste sábado, 21, em Belém, para consolidar as propostas para setor que serão entregues na reunião da Cúpula de Líderes do G20, em novembro, no Rio de Janeiro. Aprovado por unanimidade, o documento faz referências positivas ao Brasil, aponta o ministro do turismo, Celso Sabino. Um Centro de Resiliência Turística a ser criado no país foi o destaque entre as contribuições para o Brasil.

Conforme explica o ministro, o Centro de Resiliência Turística, previsto para ser implantado no sul do país, será um instrumento relevante para o setor lidar com eventos climáticos extremos, caso aconteçam:

"Vai permitir que tenhamos técnicos trabalhando para superar eventos como os que aconteceram no Rio Grande do Sul, e como estão acontecendo agora, no caso, com as queimadas, de forma mais célere. Estamos trabalhando próximo do ministro do turismo da Jamaica que é um grande líder na ONU do turismo, neste sentido, que está cooperando conosco para que esse Centro de Resiliência seja referência para todo o mundo. A previsão é que o centro seja implantado até o final deste ano", adianta.

VEJA MAIS

Chef paraense é escolhido 1º Embaixador Gastronômico da ONU Turismo
Título foi anunciado hoje durante encontro do G20 Turismo

Jornalista da CNN fala da importância do turismo gastronômico em Belém como legado para a COP30
Daniela Filomeno, apresentadora do programa CNN Viagem e Gastronomia, que media um painel no G20 Turismo, fala sobre o papel da gastronomia como uma força cultural e econômica fundamental para atrair viajantes para a capital paraense

G20 Turismo: segundo dia de evento em Belém tem abertura oficial e realização de fóruns
A agenda desta sexta-feira (20) contou com a presença dos ministros do Turismo, Celso Sabino, e das Cidades, Jader Filho

Para além disso, Celso Sabino garante que o acordo firmado neste evento, que reuniu 44 delegações de países e organismos internacionais, teve um balanço extremamente positivo. "O texto que nós aprovamos hoje vem sendo trabalhado desde os primeiros encontros em fevereiro. Foram amplamente discutidos todos os temas que nós entregamos hoje, no nosso texto, que vai desde de qualificação profissional, passando pela captura de investimentos, atração de investidores, até o ponto principal da questão da sustentabilidade".

Sobre investimentos em turismo no país, o ministro revelou que a Espanha e os Estados Unidos são os principais investidores na atualidade, principalmente no setor de hotelaria. Em Belém, tendo como objetivo o preparo para a COP 30, Sabino fala dos investimentos que já vêm sendo realizados:

"São inúmeros hotéis que estão sendo construídos na orla de Belém, no Centro Histórico, na avenida Presidente Vargas, no entorno do aeroporto. Vamos ter bilhões de reais do governo federal para investir em saneamento e infraestrutura viária da cidade, na dragagem do canal que dá acesso ao principal porto e também estamos fomentando e oferecendo financiamento para que empreendimentos sejam aqui construídos", anuncia.

O ministro reconhece que a cidade ainda tem muitos desafios a superar até a COP 30, em 2025, mas considera que não são dificuldades incomuns a sedes anteriores do evento internacional: "A exemplo de Dubai, que sediou a COP no ano passado, que é uma cidade com uma grande estrutura hoteleira, mas que estava lotada e com engarrafamentos".
O segundo desafio da cidade é a necessidade de soluções para as mudanças climáticas: "nós, do turismo, temos uma ferramenta muito poderosa que vai ajudar a manter as florestas em pé, os rios limpos, que é dar expectativas positivas, oportunidades, para as pessoas que vivem nas florestas, para que eles mesmos sejam os fiscais e ajudem a proteger a nossa natureza".

Ainda no sentido de dar visibilidade à população da Amazônia, Celso Sabino afirma: "Os problemas que temos aqui na Amazônia são similares a problemas de outras florestas tropicais do planeta, similares a outros biomas dentro do brasil e pelo planeta e vamos aproveitar essa atenção que o mundo tá dando para a necessidade de preservação, para atrair os olhares para a necessidade de desenvolver os povos que vivem aqui. As pessoas vêm de cima apenas uma copa grande de uma grande árvore, mas poucos conseguem enxergar abaixo, as pessoas que vivem ali, pessoas que em muitos lugares não têm as mesmas oportunidades e perspectivas que povos que vivem em regiões mais urbanizadas".

Belém