Funcionamento de Aterro de Marituba será prorrogado, afirma Prefeitura de Belém
A nova data para o funcionamento do aterro será divulgada nos próximos dias
O funcionamento do Aterro Sanitário de Marituba será prorrogado, confirmou a Prefeitura de Belém na tarde desta quinta-feira, 20, à redação integrada de O Liberal. Os detalhes e prazo do novo acordo judicial deverão ser anunciados oficialmente nos próximos dias.
“A prefeitura, por meio da Secretaria de Zeladoria e Conservação Urbana, tem realizado reuniões semanais na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade para tratar sobre o tema e acompanhar os processos de licenciamento de novos aterros sanitários que atenderão Belém e toda a Região Metropolitana. É importante ressaltar que a questão do recolhimento do lixo é um problema da região metropolitana e que a Prefeitura de Belém dialoga permanentemente com as outras prefeituras para encontrar uma solução em curto espaço de tempo”, declararam em nota.
Até o momento, seguindo uma decisão judicial de 2024, a empresa Guamá Tratamento de Resíduos, responsável pelo Aterro de Marituba, diz que continuará que continuará operando no local até o prazo previsto atualmente, dia 28 de fevereiro, data final definida pela Justiça. É esperado que, até o término do prazo, sejam divulgados os termos do novo acordo judicial para saber da continuação da operação do aterro.
O Aterro de Marituba recebe cerca de 480 mil toneladas de resíduos por ano, ou seja, são aproximadamente 40 mil por mês e em torno de 1.300 por dia. O espaço passou a funcionar em junho de 2015, após o encerramento do Lixão do Aurá, que funcionava em Ananindeua, e também era responsável por receber os resíduos sólidos de Belém, Ananindeua e Marituba. Desde então, esta é a quarta vez que o prazo de funcionamento do aterro é prorrogado. As outras foram: em 2019, em 2021 e em 2023.
Novo centro de tratamento
Um processo de licenciamento ambiental está sendo feito para a instalação do novo Centro de Tratamento de Resíduos (CRT). Segundo a Ciclus Amazônia, empresa responsável pela gestão de resíduos sólidos em Belém, o projeto ocorre com apoio da Secretaria do Meio Ambiente do Estado.
“O novo centro terá capacidade para recebimento superior a 2.500 toneladas diárias de lixo urbano, com possibilidade de ampliação para até 4.000 toneladas por dia”, informou a Ciclus, que gere os resíduos de Belém desde abril de 2024.
Com a implementação completa do sistema de gestão integrada em Belém, os resíduos coletados serão transportados às Estações de Transferência de Resíduos (ETRs) por meio de caminhões compactadores. Depois, serão transferidos ao CTR, onde serão depositados em uma Central de Tratamento de Resíduos Bioenergética. Para garantir total segurança ao meio ambiente, o solo do aterro será preparado com várias camadas de proteção.
“Além disso, está prevista a possibilidade de geração de energia elétrica, a produção de biometano e estação de extração e tratamento de biogás produzidos pela decomposição do lixo que pode ser utilizado para abastecer automóveis como substituto do GNV e para a produção de outros combustíveis fósseis”, pontuaram.
O intuito da companhia é replicar em Belém a experiência bem-sucedida em gestão e valorização de resíduos que é desenvolvida por outra empresa do grupo, a Ciclus Rio, no estado do Rio de Janeiro. A operação no RJ dispõe de uma Central de Tratamento de Resíduos (CRT), um moderno aterro sanitário bioenergético, e cinco Estações de Transferência de Resíduos (ERTs) em pontos estratégicos.
“A Companhia transforma insumos poluentes em água desmineralizada, biogás e energia, além da possibilidade de geração de 2 milhões de toneladas de crédito de carbono até 2025. A Ciclus Amazônia permanece à disposição para contribuir com a gestão dos resíduos sólidos em Belém, garantindo que qualquer solução adotada esteja alinhada com as melhores práticas ambientais e operacionais”, comunicaram.