Fotojornalismo do jornal O LIBERAL é um dos mais premiados do Brasil
Imagens, reconhecidas dentro e fora do Brasil, mostram as diferentes realidades da Amazônia
O fotojornalismo de O LIBERAL é um dos mais premiados do Brasil. E muitas das imagens retratadas mostram as diferentes e complexas realidades da Amazônia. Coordenador do Departamento de Audiovisual do Grupo Liberal, o fotojornalista Tarso Sarraf observa que Belém está no coração da Amazônia. “A gente, portanto, tem propriedade de falar sobre a Amazônia. Acho que essa é uma grande vantagem que a gente do jornal O LIBERAL tem. Enquanto as pessoas estão querendo vir para cá, nós já estamos aqui”, afirma.
Publicada no impresso, uma foto do Tarso também foi premiada. E ganhou o prêmio de melhor imagem da Copa do Mundo de 2022. Ele recebeu o Troféu Aceesp de "Melhor imagem esportiva de 2022". Tarso registrou um golaço feito pelo atacante Richarlison.
“Concorremos com jornais do Brasil e do mundo. Somos um jornal do Norte, do Pará e de Belém e um jornal impresso”, afirma Tarso.
Uma série sobre o Marajó, de 2022, também rendeu prêmio ao jornal. As reportagens mostraram como a covid-19 atingiu a população do Arquipélago do Marajó e a retomada à normalidade. A série, feita pelos jornalistas Tarso Sarraf e Dilson Pimentel, conquistou o Prêmio da Associação Médica do Rio Grande do Sul, na categoria on-line.
Depoimentos dos repórteres fotográficos do jornal
Cristino Martins
Aprendeu fotojornalismo em O LIBERAL, acompanhando o trabalho dos colegas de profissão, entre os quais Ary Souza e Paula Sampaio.
“Nesses 30 anos acompanhei tudo o que aconteceu na Grande Belém. As grandes manifestações pelas ruas, as manifestações culturais e, na área policial, as grandes rebeliões”, diz Cristino.
Mais recentemente, Cristino destaca a manifestação em frente aos quartéis em Belém. “Foi um grande desafio porque os manifestantes não queriam a presença da imprensa e nós tínhamos que levar as informações para a população do que estava acontecendo”, diz.
Ele se sente feliz com o reconhecimento da sociedade ao seu trabalho. “É quando as pessoas me encontram e comentam ou mandarem mensagens dizendo que gostaram daquela foto ou daquela cobertura”, diz. “É muito gratificante até porque, hoje, eu sou um dos mais velhos da equipe em atividade”, afirma.
Igor Mota
Está no Grupo Liberal desde 1999. Mas, no fotojornalismo, começou estagiando em 2005. Ele cita a cobertura feita na pandemia: “Nós, repórteres fotográficos, ficamos de frente com esse vírus. Foram dias terríveis onde a gente via o desespero das pessoas e as mortes”. Perto do fim da pandemia, Igor foi escalado para fazer uma reportagem nos hospitais, durante a madrugada.
“Eu falei para Deus que iria fazer essa pauta, mas que não queria encontrar mais esse cenário de dor e sofrimento. Fui em vários locais e, por último, no hospital Abelardo Santos. Lá, a madrugada foi calma. E glorifiquei a Deus por isso”, conta Igor.
Everaldo Nascimento
Trabalha com reportagem fotográfica há mais de 30 anos. Iniciou sua trajetória em O LIBERAL em 2012. E, três anos depois, em 2015, assumiu a Subeditoria de Fotografia. “Desde então, desempenho esse papel crucial na curadoria das imagens para todas as plataformas do grupo, incluindo a versão impressa do jornal”, diz.
Também destaca uma cobertura em 2013 como um ponto de virada em sua trajetória:
“A cobertura de um protesto de catadores no antigo lixão do Aurá. Foi nesse cenário que conheci uma pessoa do local e iniciei uma oficina de fotografia, que, posteriormente, se transformou no projeto Catarse”, revela Everaldo.
Claudio Pinheiro
Tem 25 anos de fotojornalismo e quase 20 no Grupo Liberal. Ele cita a cobertura da posse do presidente Lula, em janeiro de 2023. “Foi o momento mais incrível na história que vivi”, diz. Entre as muitas matérias de polícia, destaca a chacina em um bar no Guamá, em maio de 2019, em que 11 pessoas foram mortas. Esse fato o deixou “bem chocado”.
“Até hoje, quando a gente vê algumas fotos, vem a lembrança desse dia. Tem uma foto que, na época, foi bem divulgada e percorreu vários jornais do Brasil e de outros países. Duas mulheres se abraçam na frente do bar local das mortes e tem uma ‘parede’ de soldados olhando para o céu”, conta Claudio.
Thiago Gomes
Tem 16 anos de fotografia. Entrou no jornal em março de 2020. “A minha trajetória profissional em O LIBERAL começa logo com a covid”, diz. Uma foto marcante ocorreu durante a fase crítica da doença: “Estava gravíssima a questão da infecção e a gente não podia parar de trabalhar. Não tem como você fazer uma fotografia de casa. Você tem que estar na rua”.
Thiago foi escalado para fazer fotos no PSM da 14.
“A foto marcante foi um rapaz que perdeu um ente querido e uma moça também. E eu consegui fotografar o rapaz ajoelhado na frente do hospital”, diz Thiago.
Outra foto foi premiada em um concurso interno do jornal - o Prêmio Ary Souza de Fotojornalismo, promovido pelo Grupo Liberal em homenagem ao ícone da fotografia paraense Ary Souza.
Essa foto foi feita em uma igreja na Cidade Nova, em Ananindeua, onde estava tendo vacinação. “Fiz uma luz do sol, que entrou no ambiente, e focou bem na injeção, na hora em que a enfermeira aplicar em um senhor. E ficou parecendo que a injeção era iluminada”, conta.
Ivan Duarte
Começou a fotografar em 2015. É repórter fotográfico de O LIBERAL desde 2018. Entre suas pautas fotográficas marcantes, cita um acidente de trânsito, em Belém, em 2021. Mãe e filha morreram. No dia seguinte, Ivan fez a foto do único sobrevivente do acidente - pai e marido das vítimas. Havia jornalistas de vários veículos de comunicação no local, mas só ele conseguiu registrar essa imagem. Ivan também destaca a cobertura do naufrágio em Cotijuba, em 2022, em que morreram mais de 20 pessoas.
Carmem Helena
Começou na fotografia há 14 anos. Está há dois anos em O LIBERAL.
“Sempre tive vontade de registrar o ‘Rainha das Rainhas’ (o maior concurso de beleza e fantasia do Norte do Brasil). E, em 2023, quando entrei no jornal, fui a fotógrafa oficial do ‘Rainhas’. Foi missão, mas amei”, conta Carmem.
Como fotos marcantes, ela também destaca as imagens registradas envolvendo pessoas em situação de rua. “Essas situações me deixam triste”, diz.