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Falsas informações ainda prejudicam meta de imunização contra a gripe em Belém, avalia Sesma

"Porque muita gente diz: ‘ah, é para matar os idosos’. Não. As vacinas são muito bem estudadas”, diz a coordenadora do Programa de Imunizações da Sesma, Cleise Soares

Dilson Pimentel
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Combater as falsas informações é um dos desafios da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) para aumentar a procura pela vacina contra a gripe influenza, que está baixa em Belém. “Porque muita gente diz: ‘ah, é para matar os idosos’. Não. As vacinas são muito bem estudadas. Muito bem trabalhadas. Já trabalhamos com ela há muito tempo. E, realmente, ela vem para ajudar a pessoa a ter uma vida melhor”, disse a coordenadora do Programa de Imunizações da Sesma, Cleise Soares.

Na manhã desta quarta-feira (5), não havia muita gente na Unidade Básica de Saúde do bairro de Fátima à procura do imunizante. “As pessoas precisam procurar as nossas salas de vacinação. A vacina é uma vacina que realmente vai proteger. Ela não vai levar a adoecer. Ela não vai matar ninguém”, disse.

A campanha de vacinação contra a gripe influenza terminou em 31 de janeiro, mas a Prefeitura de Belém, por meio da Sesma, continuará vacinando a população, conforme recomendação do Ministério da Saúde, até o mês de julho, enquanto houver doses disponíveis. Atualmente, o município dispõe de 279 mil doses nos postos de atendimento. “Foi prorrogada devido à baixa procura. O objetivo do Ministério da Saúde é alcançar 90% da população (o equivalente a 508 mil pessoas). E, até o momento, a gente alcançou somente 48% (o que equivale a 244.577 doses aplicadas”, disse.

A campanha foi iniciada em setembro de 2024 e no início teve como público-alvo gestantes, puérperas, idosos, crianças, povos indígenas que vivem em seus territórios, trabalhadores da saúde, entre outros grupos. Agora, qualquer pessoa a partir de 6 meses de idade pode receber a vacina.

Até o dia 31 Belém alcançou uma cobertura vacinal de 48,07%, o que equivale a 244.577 doses aplicadas. A meta do Ministério da Saúde é atingir 90% da população, o equivalente a 508 mil pessoas.

image Coordenadora do Programa de Imunizações da Sesma, Cleise Soares: "Porque muita gente diz: ‘ah, é para matar os idosos’. Não. As vacinas são muito bem estudadas. Muito bem trabalhadas" (Foto: Ivan Duarte/O Liberal)

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A informação foi confirmada pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) nesta sexta-feira (31)

A decisão de estender a vacinação nos estados da região Norte até julho considera a baixa cobertura vacinal alcançada, os estoques de vacinas e as estratégias adotadas pelas secretarias de saúde. Desde 2023, a estratégia de imunização na região Norte foi transferida para o segundo semestre, levando em conta as particularidades climáticas da região. Durante o inverno amazônico, que ocorre nessa época do ano, a circulação viral e a transmissão da gripe se tornam mais frequentes. A vacina utilizada é a trivalente - ou seja, protege contra as três cepas de vírus da gripe que mais circulam no Brasil.

Sesma vai divulgar ainda mais a importância da vacina contra a gripe

Ainda sobre a baixa procura, Cleise Soares também disse que muitas pessoas estavam acostumadas a fazer a vacina junto com a campanha nacional, que começa em abril, e tem uma divulgação maior. “Como a nossa é separada da região Norte, que agora está começando sempre no segundo semestre, então as pessoas, acho, ficam um pouco mais desligadas. Mas agora, com esse momento das chuvas, a gente também está divulgando bastante que nós temos vacina suficiente, e a população está procurando”, disse.

A ideia, portanto, é divulgar mais sobre a vacinação. “Começamos realmente a divulgar mais. Até a semana passada, as unidades estavam com uma procura alta, as unidades estavam fazendo duas salas de vacinação para poder atender melhor”, disse.

image O aposentado Pedro Paulo Silva, 69 anos, levou sua mãe, a dona Tereza Conceição da Silva, 94, para se vacinar na Unidade Básica de Saúde de Fátima, na manhã desta quarta-feira (5). “É muito importante para a saúde dela e para a minha segurança, pois eu que cuido dela" (Foto: Ivan Duarte/O Liberal)

Cleise Soares explicou que, desta vez, a vacina é liberada para toda a população. “Mas nós temos um grupo prioritário. Que é aquela população realmente que a gente quer alcançar: os idosos, as crianças, as pessoas que já têm alguma comorbidade, gestantes, puérperas (puerpério é o período após o parto). Que é aquele grupo que pode agravar, que leva a maior risco. A gestante pode perder o bebê, que pode nascer em baixo peso, um parto prematuro. O idoso pode evoluir uma pneumonia”, disse.

Por isso essa imunização é importante, para evitar esses agravos. “A vacina não evita que a pessoa adoeça. Ela evita que a pessoa agrave. Então, daí a importância é diminuir esse risco de agravamento, de internações”, disse. Nesse período do ano, de janeiro a março, é comum aumentar os casos de gripe em Belém. “Começando do final do ano, começa em novembro, começa a aumentar o período chuvoso. E aí, começa a aumentar o número de doenças respiratórias”, disse.

Ela pede as pessoas que se vacinem. “Todas as nossas salas de vacinação estão com a vacina disponível. Além das nossas salas de vacinação, nós temos três universidades, que também oferecem a vacina contra a Influenza. E temos bastante doses ainda. Mais de 200 mil doses ainda tem disponíveis”, afirmou. São 279 mil doses.

O aposentado Pedro Paulo Silva, 69 anos, levou sua mãe, a dona Tereza Conceição da Silva, 94, para se vacinar na Unidade Básica de Saúde de Fátima, na manhã desta quarta-feira (5). “É muito importante para a saúde dela e para a minha segurança, pois eu que cuido dela. Ela cuidou de mim quando eu era bebê”, disse. “Ela aproveitou uma consulta e atualizou a vacina”, contou. Pedro Paulo disse que as pessoas precisam cuidar da saúde e se vacinar.

A técnica de enfermagem Samantha Angélica, 40 anos, também tomou a vacina. “É importante pra gente se prevenir. Até porque eu também trabalho como cuidadora de idosos. A prevenção é a melhor forma de cuidar de sua saúde”, disse.

O gráfico Waldir Ramos, 67 anos, também falou da importância de estar devidamente imunizado. “Sem saúde, não tem como ir para o clube da saudade dar uma dançada”, disse, brincando. “É importante se vacinar”, afirmou.

Serviço:

A população pode procurar o imunizante nas salas de vacinação dos postos de saúde de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h.

Além disso, a vacina está disponível na Universidade da Amazônia (Unama), no Centro Universitário Fibra e no Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz), das 9h às 17h, e em três hospitais militares (Exército, Aeronáutica e Hospital Naval), das 8h às 12h.

Quem tomou a vacina na campanha anterior, que se estendeu até fevereiro de 2024, deve tomar a vacina novamente, conforme orientação do Ministério da Saúde.

Confira os locais de vacinação:

- Salas de vacinação das Unidades Básicas de Saúde (UBSs): de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 17h

- Unama, na avenida Alcindo Cacela, 287, bairro do Umarizal, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

- Fibra, na avenida Gentil Bitencourt, 1144, bairro de Nazaré,  de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

- Unifamaz, na avenida Visconde de Souza Franco, 72, bairro do Reduto, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h

- Hospital do Exército, na rua Cônego Jerônimo Pimentel, 850, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h

- Hospital da Aeronáutica, na avenida Almirante Barroso, 3492, bairro do Souza, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h

- Hospital Naval, na rua do Arsenal, 200, na Cidade Velha, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h

 

 

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