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Estudantes falam sobre os desafios em busca de aprovação e dão dicas de como passar no Enem; vídeo

Ana Paula Xerfan e Gabriel César ficaram mais de três anos tentando passar no vestibular, e somente conseguiram quando aprenderam conciliar a rotina de estudos com a importância de valorizar a saúde mental, abrindo espaço para ficar com os amigos e a família

Amanda Martins

A vida de um vestibulando não é nada fácil. Essa fase requer dedicação e horas de estudo. Precisa lidar com a pressão da família, colegas, do colégio ou cursinho, e até de si próprio, já que na maioria das vezes o futuro pode depender de um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Para homenagear esses estudantes, foi criada a data Dia do Vestibulando, comemorado nesta quarta-feira (24), que reconhece todo o esforço desses alunos. 

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“No ano em que passei, eu tinha colocado assim na minha cabeça: ‘ou eu passava ou desistiria’. Era a minha última tentativa porque se eu parasse, eu ia me formar no curso que estava.  Sou a prova viva de que não dá para perder as esperanças”, disse a acadêmica de medicina. 

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Como conseguir conciliar a rotina de estudos com a saúde mental?

Ana Paula precisou ficar mais do que horas sentada em frente a mesa de estudos para conseguir passar no vestibular. Ela teve que aprender a cuidar da própria saúde mental para não se deixar levar pelo nervosismo do Enem.

“Depois que tu ficas dois anos estudando a mesma coisa não é falta de conteúdo você conseguir [deixar de passar no vestibular]. Eu sabia que para mim o que faltava não era algo que conseguia obter dos livros, dos simulados, eu sabia que precisava cuidar de outra coisa, era da minha saúde mental. Eu não conseguia porque eu não estava bem e não conseguia fazer a prova”, explicou a estudante..

Para cuidar disso, Ana Paula precisou fazer terapia e atividade física, que a ajudaram a se sentir bem melhor. Além disso, ela disse ter contado com o apoio de amigos e da família, que tiveram papel fundamentalmente e a ajudaram a lidar melhor com a ansiedade e a pressão das provas. 

Resolver a prova do  Enem é uma questão de estratégia, diz universitário

O acadêmico de medicina, Gabriel César Jesus de Menezes, de 23 anos,  teve uma longa trajetória de estudo até conseguir passar na universidade: um de convênio e mais quatro anos de cursinho. A antiga rotina envolvia de seis a dez horas de estudo diários, dependendo se era dia de semana ou sábado e domingo. 

“Fui aprender a estudar também. É importante focar nos pontos fracos, fazer exercícios cronometrados e principalmente corrigir os erros, entendendo o porquê do erro e correndo atrás de sanar essa falha para as próximas vezes. É importante ver o erro como uma oportunidade de melhora”, destacou o Gabriel.

Segundo o estudante, as estratégias de estudos utilizadas para passar no vestibular são muito particulares. Gabriel pontuou que o Enem deve ser encarado como um concurso público, onde são boladas estratégias de resolução de prova, quais questões rever e  quais pular. 

“Tem que buscar não apenas resolver as questões, mas como encontrar a alternativa correta em menor tempo possível, procurem professores que realmente entendem de Enem, que não entendem só do objeto do conhecimento, mas das competências e habibilidades”, reforçou Gabriel. 

No entanto, ele ressalta a importância de guardar um tempo para aproveitar com os amigos e a família. “Descansar também faz parte da maratona, uma mente saudável é importante sempre”, complementou o estudante.

Pedagoga dá dicas de como escolher a futura profissão

A escolha de uma profissão para jovens que estão saindo do Ensino Médio é um momento decisivo e de muitos questionamentos. Para a pedagoga e mestra em Educação em Ciências e Matemáticas, Cacilene Tavares, a melhor maneira de não errar na hora “H” e ajudar na escolha profissional é visitar feiras de vestibulares, pesquisar sobre as profissões que mais se aproximam das características e aptidões dos estudantes. 

“Respeitar o seu tempo de decidir também contribui para uma assertividade da profissão que quer seguir. Trazer para si o pensamento que tudo tem o tempo certo, colabora para essa organização mental e fortalece às possíveis pressões sociais e familiares que às vezes são pautadas para a juventude que está prestando vestibular”, complementou Cacilene. 

A pedagoga também afirma que é muito comum que o estudante troque de escolhas profissionais até que, de fato, se identifique com uma “x” profissão. “Não traga para si o sofrimento da indecisão como algo negativo, e sim, como um processo de amadurecimento de um momento decisivo em sua vida”, continuou. 

Desta forma, Cacilene destaca como o papel da família e dos amigos para esse vestibulando torna-se o “caminho mais leve” e proporciona uma rede de apoio. 

Ela reafirma que as cobranças familiares são necessárias, porém, estes devem perceber que esse estudante também tem uma tarefa fundamental, que é finalizar os estudos, e que se não conseguir passar na primeira tentativa no vestibular, poderá ter outras oportunidades. “O importante é estabelecer a confiança familiar e deixar fluir de maneira segura este momento tão importante para os vestibulandos”, concluiu.

Sete dicas de como conciliar o estudos com a saúde mental:

  • Criar uma rotina de estudos que respeite os limites do corpo e da mente;
  • Fazer atividade física e exercícios de relaxamento;
  • Cuidar da alimentação;
  • Dormir pelo menos 8h por dia;
  • Tirar um tempo para o próprio lazer podendo ler um livro, ir ao cinema, passear no shopping com os amigos ou a família.
  • Ter pensamentos positivos diários ajudando a construir um potencial criativo e dinâmico;
  • Saber estabelecer seus limites emocionais e físicos.

Belém