Escolas com práticas pedagógicas antirracistas receberão selo “Zélia Amador de Deus”

Conselho Municipal de Educação entregará honraria para 33 escolas municipais na próxima segunda-feira (15)

O Liberal
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Diversas escolas municipais serão reconhecidas com o Selo Zélia Amador de Deus por práticas pedagógicas de educação antirracista incluídas no currículo das unidades de ensino em Belém. No total, 33 escolas municipais receberão a honraria do presidente do Conselho Municipal de Educação (CME), Alberto Damasceno, entrega na próxima segunda-feira (25/11), às 16h, na Sala Vicente Salles, no Memorial dos Povos.

O selo foi instituído pelo CME, por meio da Resolução 22, de 12 de junho de 2024. O documento estabelece junto às instituições de educação básica do Sistema Municipal de Educação de Belém, as diretrizes para implementação de uma educação para as relações étnico-raciais a partir da perspectiva antirracista, dentre as quais a que institui um selo com o nome da professora e pesquisadora da UFPA Zélia Amador, que dedicou sua à luta antirracista. 

“É mais uma conquista para potencializar uma educação antirracista no ambiente escolar e nas próprias comunidades no entorno da unidade de educativa”, pontua Alberto Damasceno. Essa é uma primeira etapa, outras unidades receberão o selo, após a consolidação de projetos pedagógicos que promovam a igualdade racial. “Nossa luta vai além dos espaços educativos, nossa luta é por uma Belém antirracista”, conclui Damasceno.

A Prefeitura Municipal de Belém (PMB) criou várias políticas para debater a igualdade racial nas escolas de Belém. Uma delas foi a criação da Coordenadoria de Educação para as Relações Étnico-Raciais (Coderer) para reforçar políticas que respeitem a diversidade étnico-racial, comprometida com a valorização da história e da cultura afro-brasileira e africana, e que garantem o direito e o acesso de conhecimentos historicamente construídos sobre grupos que tiveram as suas histórias e legados invisibilizadas na sociedade e, consequentemente, nos conteúdos escolares.

Um dos projetos “Escolas Antirracistas” conta com a adesão de 60 unidades de ensino, sob a responsabilidade da Coderer. A ação visa combater a discriminação racial e violações contra a dignidade humana, fortalecendo práticas antirracistas no ambiente escolar.

Outra ação no município de Belém foi a criação da primeira escola quilombola, a Escola Municipal de Educação Quilombola Arlinda Gomes, no território quilombola de Sucurijuquara, na ilha de Mosqueiro. Todo o acervo da unidade extinta, a Escola Municipal do Campo (EMEC) Angelus Nascimento, será transferido para a nova escola do Distrito de Mosqueiro (Damos), que atenderá 241 estudantes, de 4 a 15 anos.

A Prefeitura também criou a Coordenadoria Antirracista de Belém (Coant) e instituiu o Estatuto Municipal da Igualdade Racial, para fortalecer o combate ao racismo em Belém.

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