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Ensino da robótica ainda engatinha no Pará

Estado fica atrás do Amazonas, Acre, Tocantins e Rondônia. Etapa regional do torneio FLL, pela primeira vez no Pará, pode estimular a ciência

Victor Furtado

O ensino de robótica e outras ciências de inovação tecnológica ainda estão em ritmo lento no Pará. Mesmo comparado apenas a outros estados da região Norte, como Tocantins, Acre e Rondônia. Algumas das iniciativas mais avançadas são em escolas particulares, mas ainda com perfil extracurricular e de acesso limitado. A avaliação é do professor Izaías Pinheiro, da Escola Sesi de Ananindeua, que está promovendo a mostra Sesi Robótica. A mostra segue até o dia 22, das 14h às 22h.

A mostra Sesi Robótica está disponível para visitação, gratuita, no primeiro piso do shopping Bosque Grão Pará. O evento tem dois grandes objetivos. Um deles é promover o torneio First Lego League (FLL) de robótica. As inscrições terminam no próximo dia 30 e o Pará já tem 30 equipes, representando 15 municípios. E assim, valorizar o ensino de robótica e tecnologia como disciplina, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC, ainda em discussão).

Diferente do que se possa pensar, a robótica está muito além de máquinas humanoides, ciborgues e mechas. A disciplina tenta encontrar inovação, tecnologia e soluções para as vidas das pessoas. O torneio FLL tem três pilares, como explica o professor Izaías: construção, design ou projeto; Core Values: revelação, integração, interação e coopertição — mistura de cooperação e competição; e inovação para a solução de problemas.

Nesta edição, o FLL traz o tema City Shaper. Um desafio de criar cidades inteligentes e que usam tecnologias diversas para soluções de mobilidade, inclusão e uso do espaço público. Entre projetos que Izaías destaca: monumentos interativos com realidade aumentada nas praças públicas de Ananindeua; e a criação de uma manta impermeabilizantes para lajes. No ano passado, o Sesi Canaã de Goiás teve um projeto campeão, que era um chiclete de pimenta, um estimulante ao paladar de astronautas no espaço. A Nasa comprou a ideia do projeto e os alunos foram a Houston apresentar.

"Pela primeira vez, trouxemos a etapa regional norte do torneiro ao Pará. Sempre era o Amazonas que fazia. Esperamos que isso estimule o ensino de robótica, tecnologia e inovação na solução de problemas para o futuro. Estamos tentando aproximar essa ideia da Prefeitura de Belém. A Prefeitura de Igarapé-Miri já começou a atentar para a importância disso. De modo geral, o Pará ainda está engatinhando na robótica", concluiu Izaías.

Belém