Enem 2023: professores utilizam metodologias criativas para auxiliar o aprendizado dos alunos

De músicas a vídeos disponibilizados na na internet, muitas são as formas de gerar maior engajamento dos alunos durante a preparação para o vestibular

Gabriel Pires

Para auxiliar no aprendizado dos vestibulandos e fazer com que tenham mais familiaridade com os conteúdos que explorados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), professores utilizam de metodologias criativas que incentivam os estudos e fortalecem a memorização. De músicas a vídeos disponibilizados na internet, muitas são as formas de gerar maior engajamento dos alunos durante a preparação para a prova, que pode garantir a aprovação no vestibular. Essa é 13ª reportagem especial da série sobre o Enem 2023 publicada todas as sextas-feiras no jornal O Liberal e no portal OLiberal.com.

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Unindo os conteúdos abordados em sala de aula e a música, o professor de Biologia Rinaldo Barral encontrou uma forma descontraída de ensinar os conceitos das temáticas essenciais para a prova do Enem: a paródia. A dinâmica não poderia ter resultado melhor, como ele mesmo conta. Embalada pelo ritmo de músicas famosas, a memorização dos conteúdos pelos alunos se torna ainda mais fácil. Rinaldo destaca que essa ferramenta garante que os estudantes lembrem de termos específicos durante a rotina de estudos.

image Professor Rinaldo Barral e sua turma (Ivan Duarte / O Liberal)

“Com relação à dúvida se a dinâmica musical aproxima os alunos do estudo, na minha concepção aproxima, e muito. Algumas canções que nós utilizamos são canções que os alunos gostam. E, a partir do momento que o aluno gosta da música, a aproximação com o conteúdo é instantânea. Isso a gente nota com os alunos cantando nos corredores da escola. Quando eles somam a melodia com o conteúdo, primeiro eles acham divertido. Depois daquele primeiro impacto vem a intimidade com a matéria”, disse Rinaldo.

As letras originais das canções são adaptadas para os conceitos biológicos. Nos versos do professor Rinaldo, a música 'Haja amor', de Luiz Caldas, virou letra de um conteúdo relacionado à botânica. A canção, que, originalmente traz na letra os versos “Eu queria ser uma abelha, para pousar na tua flor. Haja amor! Haja amor!”, foi adaptada para “Tu sabias que uma abelha ao pousar em uma flor, haja flor, haja flor. Pegou o pólen dos estames, para o estigma levou. Já levou, já levou”, conta o professor.

Metodologias criativas

“A música é dançante, é divertida. E, quando eles somam essas palavras depois de uma aula, por exemplo, para eles, começa a fazer sentido. O entendimento da matéria, somando-se ao fato de serem estrofes curtas e simples, facilita a absorção [dos conteúdos ministrados em sala de aula]. A metodologia reforça muito a memorização, principalmente quando se trata de palavras. Para os alunos que vão prestar o Enem essa tem sido uma ferramenta", afirmou Rinaldo.

Vídeoaula

Com videoaulas e dicas disponibilizadas na internet, o professor Joel Neto, de Química, percebeu uma forma de democratizar o ensino da disciplina, além de tornar mais acessíveis os conhecimentos químicos aos alunos que estão nos preparativos para o Enem. Por meio do canal “QuímiResponde”, no YouTube e em outras plataformas digitais, Joel leva semanalmente aos alunos videoaulas gravadas e aulas ao vivo. Além disso, a resolução de exercícios também é incentivada nas aulas virtuais para compreender, de fato, os conteúdos ministrados.

“A internet tem um poder muito grande de alcançar uma quantidade gigantesca de pessoas. Pensando nisso, eu procurei uma forma em que meu trabalho pudesse ser repassado para a maior quantidade de pessoas possível, com o intuito de ajudar esses alunos a melhorarem suas notas para a prova do Enem ou uma prova de escola”, destacou Joel.

O professor observa que a metodologia auxilia no aprendizado dos alunos. Isso porque a disciplina de Química costuma ser um desafio para os estudantes. “Nacionalmente, a menor média [no Enem] é de Ciências da natureza, e Química faz parte. A gente observa que os alunos têm muita dificuldade nessa parte. Então, a gente precisa descontrair, fazer com que ele [o aluno] tenha mais interesse, utilizando dicas diferentes, uma aula prática, um experimento, utilizando alguns aplicativos que ajudam na hora de fazer alguns testes. A gente consegue fazer uma interação ao vivo com eles fazendo perguntas para que eles possam, também, mandar suas mensagens”, finalizou.

(*Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de Fabiana Batista, coordenadora do Núcleo de Atualidades)

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