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Em quatro dias, Policlínica Metropolitana atendeu mais de 2 mil pessoas com suspeita de covid-19

Pessoas que procuram outros atendimentos e não sabiam que o perfil foi alterado para atendimento exclusivo de covid-19 descobrem outras crises que o coronavírus causa

Victor Furtado
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Desde que foi transformada num ponto de atendimento exclusivo para covid-19, no último sábado (6), a Policlínica Metropolitana recebeu 2.033 pessoas até terça-feira (9). Na manhã desta quarta (10), as filas não eram tão longas, mas a movimentação era constante. A cada momento chegavam mais e mais pessoas falando de sintomas suspeitos. A triagem começa na porta e com uso de oxímetro. Porém, havia pessoas que estavam esperando há muito tempo por um outro atendimento da policlínica e descobriu que não seria possível. Um outro problema causado pelo coronavírus SARS-CoV-2: outros atendimentos em saúde ficam prejudicados.

Na porta da policlínica — que funciona de 8h às 17h, na avenida Almirante Barroso, esquina com a avenida Dr. Freitas, na Universidade do Estado do Pará (Uepa) — um comércio informal se formou contando com a movimentação extra. Muitos trabalhadores e consumidores sem máscaras, justamente num local por onde o que mais transitam são pessoas com covid-19 e em busca de atendimento. Consumidores se alimentam despreocupadamente, sem máscaras. E isso incomoda quem já foi buscar ajuda por esse tipo de comportamento.

O gerente de Marketing Digital Igor Aviz foi levar a mãe e o padrasto à Policlínica Metropolitana. Ambos estavam com vários sintomas suspeitos, mas o mais preocupante era o padrasto, com febre, dor generalizada e cansaço.

"A triagem e a entrada foram rápidos. Não tinha tanta gente quando chegamos. Aí eu preciso ficar esperando na porta e vejo quantas pessoas não levam essa doença a sério. Pessoas sem máscara, que usam a máscara errado, que tiram para falar ao telefone e essas coisas espalham o vírus. Meus pais estão doentes e ver isso é angustiante", comentou Igor Aviz.

Pedro Dutra esperava por mais de um mês por uma consulta com otorrinolaringologista. Seria nesta quarta e a filha dele, Silvia Dutra, foi com ele. Eles vão ter de retornar à unidade de saúde de Outeiro e buscar um novo encaminhamento, pois a Policlínica Metropolitana, por enquanto, está dedicada a atender pacientes de covid-19.

"Muita gente não deve saber e vai acabar perdendo consultas e procedimentos por isso. Estamos voltando à condição da pandemia do ano passado e as pessoas não percebem! É uma segunda crise! Eu também estou estou esperando atendimento para otorrino e faz quase um ano. Imagina se fosse hoje?", observou Silvia Dutra.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que "...a Policlínica Metropolitana tem capacidade para atender diariamente 600 pacientes com sintomas leves e moderados de covid-19. O paciente que estiver apresentando sintomas leves e moderados como tosse, coriza, febre baixa e dores de cabeça pode procurar a unidade no horário de 8h às 17h ou enquanto o local não atingir a lotação máxima".

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Belém
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