Em Belém, Papai Noel mantém tradição e leva a magia natalina às crianças
Além da celebração do nascimento de Jesus, a figura do bom velhinho leva alegria às crianças e, também, aos adultos. E por trás do tradicional personagem, diversos artistas dão vida à figura icônica do Natal
Em meio à comemoração do Natal, celebrado nesta segunda-feira (25), a figura do Papai Noel se faz presente em todos os cantos. Além da celebração do nascimento de Jesus, a figura do bom velhinho leva alegria às crianças e, também, aos adultos. Por trás do tradicional personagem, diversos artistas dão vida à figura icônica do Natal, assumindo o manto de Papai Noel e encantando pessoas de todas as idades. São esses atores que trazem a representatividade do tradicional símbolo natalino.
Quem tem a missão de atuar como Papai Noel, nesta época do ano, é o artista Bruno Torres, de Belém. Há mais de 5 anos ele assume o papel de se tornar o bom velhinho, espalhando o encanto natalino nas mais diversas ações que realiza. Para ele, esse momento é marcado por muita emoção e alegria, justamente pela magia que ele representa para as crianças. Ainda segundo Bruno, compartilhar desse sentimento de bondade é o que torna o trabalho ainda mais especial.
“A representação é como se eu fosse um pai para todos, realmente. Eu estou ali ensinando algo. Se algum comportamento eu verificar que seja errado ou estiver errado, eu vou e corrijo. Então, querendo ou não, as pessoas me respeitam. Isso, nesta época, é uma representatividade muito forte. A imagem do pai presente. A importância de um pai. A gente embarca nessa história do Papai Noel de uma forma tão verdadeira que deixa saudades. Quando ele está ali presente, muda qualquer situação no ambiente”, diz Bruno.
Clássico do Natal, o Bom Velhinho encanta as crianças (Thiago Gomes / O Liberal)
Sentimentos
Para Bruno, a magia do Papai Noel marca de uma forma especial que chega a ser muito mais do que apenas representar o personagem, mas é uma forma de levar amor. “Hoje em dia, as pessoas estão muito focadas em resolver situações ou problemas. Elas não estão mais focadas no simples. O ser humano sempre quer mais, ele nunca está satisfeito. Aquele momento que a gente está ali convivendo, é um momento muito especial. E isso marca muito. Essa troca, esse olhar, a bondade das pessoas”, completa o artista.
“Quando a gente está com o Papai Noel, todo mundo fica com um sorriso. É muito bom receber esse amor. Se talvez a gente olhasse para as pessoas como elas olham para o Papai Noel, o mundo seria diferente, teria uma maior harmonia, muito mais amor. O mundo está com tanta pressa que a gente passa por cima das pessoas sem perceber, elas estão precisando ali de carinho, de amor. Cada um tem seus problemas e a gente passa despercebido por isso. Talvez um abraço poderia mudar a vida daquela pessoa”, reflete.
Nessa rotina, diversos pedidos são feitos ao bom velhinho, mas alguns se tornam inesquecíveis, como relembra Bruno. “As crianças pedem muito carrinho e boneca. Só que uma criança que me marcou muito foi que ela pediu a saúde da mãe dela, o amor entre o pai e a mãe, entre a família. Tem crianças que não pedem presente, tem algumas que pedem algo que não podemos tocar, E isso me marca muito, quando eu vejo uma criança pedindo algo que ela precisa mais que o presente”, afirma.
“Tem crianças de todo tipo. Cada uma delas tem seu jeitinho especial. Só que teve outra que ficou marcada minha vida inteira até hoje. Foi uma criança mais que especial: pela alegria dela ao ver o Papai Noel. Ela tinha uma alegria, um sorriso, uma comunicação que se via a energia dela. Era uma criança mesmo abençoada por Deus. Uma criança que se via uma luz imensa nela. E isso me marcou muito, a forma que ela reagiu ao ver o Papai Noel”, lembra Bruno.
Infância
Para a psicóloga Rafaela Guedes, a figura do Papai Noel representa esperança para as crianças. E, segundo, acreditar na figura do bom velhinho é positivo para a saúde mental. “O Papai Noel é o que a gente chama de objeto bom, na psicanálise. Para se ter uma saúde mental relativamente boa, a gente precisa que o nosso mundo interno seja permeado mais de objetos bons do que de objetos maus, de representantes bons, de amor, cuidado e alegria”, avalia a especialista.
“Isso é base disso de uma infância rica, saudável, bem nutrida. O mundo, para as crianças, tem que ser apresentado em doses homeopáticas, gradativamente. A criança fantasia e cria o mundo. E, aos poucos, ela vai percebendo que o mundo é maior que ela, mas isso é gradativo. Quando a gente retira, por exemplo, um objeto bom ali da vida da criança, comunicando, por exemplo, que o Papai Noel não existe, a criança vive um luto, a perda de algo bom, de uma ilusão”, explica Rafaela.
Origem do Papai Noel
A origem do Papai Noel está intimamente relacionada com a figura de São Nicolau de Mira, que foi um bispo nascido na Turquia em 280 d.C. À época, ele ficou conhecido por ajudar pessoas carentes. São Nicolau deixava moedas perto das chaminés dos menos favorecidos durante a noite.Ele foi beatificado pela Igreja Católica por conta dos milagres que realizou.
*Fonte: Brasil de Fato
(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)
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