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Dia Mundial do Café: barista explica como tomar café se tornou uma das paixões dos paraenses

A paraense Samilly Miranda, dona do Quintal da Barista, criou um espaço no bairro do Jurunas que "descrentraliza" a cafeteria do centro da cidade e leva café de qualidade e boa experiência aos moradores da periferia

Amanda Martins

A pausa para o cafezinho com pupunha ou tapioquinha no final da tarde se tornou uma das práticas mais comuns, e para lá de gostosas, feita pelos paraenses. A bebida pode ser consumida em casa, nas cafeterias localizadas no centro de Belém, ou nas barraquinhas de rua, podendo variar de acompanhamentos e  preços.  E a bebida tem um data especial: o Dia Mundial do Café, comemorado nesta sexta-feira (14).

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Segundo ela, é muito comum quando se pede café em algum lugar, ele vim acompanhado de um biscoitinho ou um brigadeiro, justamente porque existe uma “combinação perfeita” entre o amargor da bebida com o doce, que se complementam. 

Quando a combinação se “regionaliza” para as iguarias nortistas, como por exemplo a tapioquinha e a pupunha, ou a nordestina com o cuscuz salgado ou doce, as opções de café podem variar.

image Tapioquinha com ovo e queijo (Reprodução/ Márcio Nagano / Arquivo O Liberal)
 

“A tapioquinha já tem um amanteigado, o cuscuz também, porque as pessoas comem com ovo e queijo, mas às vezes pode ser adocicado, junto com o café dando uma ‘quebrada’ no sabor. Para fazer a combinação perfeita, recomendo os cafés especiais, que são ausentes de defeitos, como o café espresso e o mocha”, disse a barista.

Entenda a relação da cor do café com o sabor e qualidade da bebida

Samilly explica que enquanto o café tradicional possui o típico amargor, os cafés especiais apresentam sabores e notas aromáticas, são mais equilibrados por possuírem uma torra adequada. Além disso, estes são encontrados para ser vendidos em empórios ou lojas especializadas de café. Já os “tradicionais” são encontrados nos supermercados e, geralmente, vendidos por marcas consideradas comuns. 

image Diferença entre o café tradicional e o especial  (Reprodução/ Redes sociais)

“Quanto mais informações na embalagem do café tiver como nome do produtor, fazenda, mais fácil será entregar aquilo que promete na embalagem”, alertou a barista. 

Segundo Samilly, o café não precisa ser tratado como vilão quando se fala em saúde. A “má fama” teria surgido pelo fato do café tradicional ser vendido com “restos” de outros produtos, o que aumentaria a reação de gastrite em muitas pessoas, que a bebida faria mal.   

Outro ponto destacado por ela é a cor da bebida. Os cafés tradicionais são mais escuros, e os especiais mais claros. Essa diferença se dá, porque o primeiro não vem apenas os grãos de café na composição. Durante a torragem, também são levados junto aos grãos pedaços de milho, pedaços de pau e galhos de árvore. 

“O café não necessariamente precisa ser amargo. Tem infinidade de gostos diferentes, dependendo do local que tu compras. O mesmo funciona com o cacau, o vinho. Você pode viver uma vida inteira e não conhecer todos os cafés que existem”, pontuou.

 

Belém