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Dia dos Namorados: casais de Belém mostram que é justa 'Toda forma de amor'

Neste dia 12 de junho, o Grupo Liberal conta 3 histórias de amor em suas diversas expressões: superando a distância; quebrando preconceitos; e amadurecendo cada vez mais de forma intensa

Fernando Assunção

No dia 12 de junho, é celebrado como o Dia dos Namorados no Brasil, data comemorada por casais de todas as idades, religiões e de vários status de relacionamento - de casados a “ficantes” e do relacionamento presencial ao compromisso à distância. O dia é marcado por troca de presentes e encontros especiais, mas, para além do lado comercial da data, o Dia dos Namorados também é dia de relembrar histórias de amor que marcaram a vida dos casais de forma positiva.

Valendo-se da máxima do cantor Lulu Santos, “consideramos justa toda forma de amor”, nesta segunda-feira (12), Grupo Liberal conta a história de 3 casais que trazem o amor nas suas mais diversas expressões: do sentimento à prova de preconceito, capaz de promover o desenvolvimento entre duas pessoas com deficiência intelectual; do afeto que a distância não conseguiu impedir de nascer e se fortalecer, sendo elo para que uma paraense e um carioca viessem a viver juntos em Belém; e o amor maduro de quem comemora essa data há vários, mas como se fosse sempre a primeira vez de um casal apaixonado.

Amor como elemento de desenvolvimento intelectual e afetivo

 

Já Renata Reis, 42, mãe do Vinícius, destaca que a relação cumpriu um papel importante no desenvolvimento do jovem. “Apesar do Vinícius ter carinho em casa, ele era muito fechado para isso. Hoje, eu fico muito feliz em ver ele abraçando, beijando, a forma como ele trata ela, acredito que ele tem um respeito muito grande por ela, que todo homem deve ter por uma mulher. Fico muito feliz de ver o jeito dele, que ele é um pouquinho bruto, mas com ela é diferente”, enfatiza.

De acordo com a assistente social da Apae, Ana Carolina Salomão, na vida de pessoas com deficiência, o amor é sinônimo de acreditar no potencial deles. “Quando a gente visualiza a pessoa que tem uma limitação, porém ela não se limita àquilo que ela quer conquistar, isso é muito valioso. E nós precisamos investir cada vez mais nisso, perceber a limitação sim, porque são pessoas que têm deficiência, mas, ao mesmo tempo, reconhecer que, apesar dessas deficiências, eles têm sonhos, eles podem e eles conseguem. Aos pais, cabe monitorar e dar apoio, mas não limitar eles, até porque, a partir dos 18 anos, de acordo com a legislação, as pessoas com Down têm total autonomia”, diz a especialista.

A distância incapaz de impedir o amor

Mais de três mil quilômetros separavam a paraense Cassia Adriane, 23, e o carioca David Silva, 27. Eles se conheceram por meio da internet, em 2013, e a conexão foi instantânea. Com o tempo, os contatos começaram a ser cada vez mais frequentes, até que eles decidiram se encontrar. É claro que eles enfrentaram resistência de todos os lados, mas como destacou Cassia: “Como se para amar precisasse tocar e não sentir, e que, para confiar, precisasse estar perto. Mas tudo bem, eu entendi que um dia as pessoas iriam amar de verdade e a distância não ia interferir nos seus sentimentos”, escreveu à época.

Quatro anos depois, em 2017, o primeiro encontro em solo carioca veio. Depois de mais duas idas da paraense ao Rio de Janeiro, foi ele quem se rendeu à cidade natal da amada e o casal decidiu que moraria junto em Belém. Este ano, essa história de amor completa 10 anos. “Ele é o meu primeiro namorado e eu sou a primeira dele. Antes disso, eu não sabia de fato como era namorar uma pessoa, só sei que tive um carinho muito grande por ele. O resultado é que estamos há cinco anos morando juntos e o plano, agora, é o casamento. Eu acho que foi questão de destino, sabe? Acredito muito que as pessoas têm um amor para a vida e eu sei que encontrei o meu”, destaca a modelo e professora de educação física.

Para o motoboy, compartilhar hoje a vida ao lado da amada é o resultado de uma construção de confiança que resistiu até mesmo à distância - e aos percalços decorrentes dela. “A distância foi complicada, porém tiveram outros obstáculos, como idade, escola, questões familiares, perigo de estar em outro estado sozinhos… Mesmo assim, sempre tivemos a convicção de que daria certo e sempre conversamos muito, nesse tempo, e como qualquer outro relacionamento deveria ser, o nosso era e é baseado na confiança e sinceridade. Acho que o segredo é saber dialogar quando tem algo incomodando, ao invés de guardar tudo pra si. Hoje, estamos vivendo juntos e posso afirmar, com toda certeza, que nos arriscar valeu muito a pena”, finaliza David.

Amor e respeito une casal há mais de uma década

A autônoma Rosana Vasconcelos, 50, e o mecânico de refrigeração, Jorge Vasconcelos, 50, estão casados há 11 anos. No último domingo (11), véspera do Dia dos Namorados, eles foram a um shopping do bairro da Batista Campos para manter a tradição da troca de presentes. Segundo o casal, para o relacionamento superar uma década, é fundamental o amor e o respeito.

"O Dia dos Namorados serve para eu demonstrar o sentimento que tenho pela pessoa que faz parte da minha vida, de quem eu não esqueço", destaca Jorge. "Não é só Dia dos Namorados que é importante, mas todos os dias, para se conviver com amor, compreensão, respeito, amizade, companheirismo", ressalta Rosana.

Qual é a origem do Dia dos Namorados no Brasil?

Enquanto no Brasil, o Dia dos Namorados é comemorado no dia 12 de junho, nos Estados e na Europa, a data é celebrada no dia 14 de fevereiro como o Dia de São Valentim. Mas qual é a origem do Dia dos Namorados no país?

A data foi estabelecida no ano de 1948 pelo publicitário paulista João Doria Jr., com o objetivo de melhorar o resultado das vendas em junho, considerado um mês de desaquecimento das vendas no comércio paulista. O dia 12 foi escolhido por ser véspera do Dia de Santo Antônio, considerado o santo casamenteiro. A partir do ano seguinte, a data começou a se nacionalizar, com a adesão das demais regiões do Brasil. Atualmente, o Dia dos Namorados já é a terceira melhor data para o comércio varejista no país - atrás apenas do Natal e do Dia das Mães, de acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Belém