Dia do Radialista: profissionais da Rádio Liberal e Liberal + comemoram a data
Na capital paraense, a Rádio Liberal e a Rádio Liberal + têm papel crucial na vida dos ouvintes, conectando a população aos últimos acontecimentos
Na capital paraense, a Rádio Liberal e a Rádio Liberal + têm papel crucial na vida dos ouvintes, conectando a população aos últimos acontecimentos
O Dia do Radialista, comemorado nesta quinta-feira (7), celebra os profissionais, homens e mulheres, que, diariamente, levam informação e entretenimento às pessoas, conectando-as com o que acontece em Belém, no Pará, no Brasil e no mundo. Na capital paraense, a Rádio Liberal e a Rádio Liberal + têm papel crucial na vida dos ouvintes, conectando a população aos últimos acontecimentos. E tudo graças ao trabalho desses comunicadores, que se dedicam a serem porta-vozes da notícia de qualidade, mostrando que o rádio permanece vivo, inovador e indispensável para os paraenses.
Diretor do Sistema Liberal de Rádios, o jornalista Abner Luiz, que tem 25 anos de profissão, destaca a importância dessa data: “O Dia do Radialista representa algo muito interessante da atividade para a sociedade. É uma profissão tradicional de comunicadores que, muitas das vezes, trabalham com o imaginário só através da voz”, contou. Durante muitos anos, as pessoas só ouviam a voz dos radialistas. Essa realidade, porém, mudou com o tempo e com o avanço da tecnologia.
“Hoje, o rádio já não está mais só no rádio. Ele está nas plataformas. Está, inclusive, na televisão também através de imagens. É um profissional que tem se reciclado com o tempo”, disse. “Com o advento do fim das rádios AM, hoje com uma abrangência inclusive de qualidade ainda maior para atuar no seu trabalho através do rádio FM, dessas plataformas digitais que hoje se tem e com alcance que já não é mais só local. É mundial através da própria internet”, afirma.
Abner também ressaltou que o radialista é visto como um companheiro em momentos solitários, seja no rádio do carro, seja no rádio de casa, para aqueles que têm o hábito de acompanhar música, promoções e notícias. “É um dia para se comemorar, é um dia para ser festejado por esses ouvintes que participam da programação, que cumprimentam, que dedicam o momento dos seus dias para estar acompanhando e prestigiando também”, declara.
A rotina de levar informação envolve muitos profissionais, alguns com longas carreiras, como é o caso de Markinho Pinheiro, que atua há 36 anos como radialista. Com mais de três décadas na Rádio Liberal, ele é apresentador do programa “Conexão Liberal”, das 13h às 16h. “Sou apaixonado pelo que faço. Nosso ouvinte é o nosso combustível. É ele que nos motiva a estar todos os dias aqui”, diz Markinho ao falar da fidelização dos telespectadores.
Mas a história de Markinho com o rádio começou quando ele conheceu um locutor em Belém que o introduziu ao mundo da radiodifusão. Na época, cursando Educação Física, Pinheiro se encantou por esse universo durante uma viagem a convite do locutor. “Ele trabalhava em Belém e estava indo embora para uma rádio de Recife. E, a partir daí, começou uma longa história. Me mandei para Recife na primeira greve que teve na Uepa. Conheci tudo de rádio e como se fazia. Voltei querendo ser radialista”, lembra.
Além disso, o comunicador também é a “voz tradicional” da divulgação do listão do vestibular pela Rádio Liberal. Em um momento emocionante, ele anunciou a aprovação do próprio filho durante a transmissão. “A gente já faz a leitura do listão das universidades há mais de 30 anos. É um momento que não é fácil. Quando você dá a boa notícia, é legal. Mas e a má notícia? Todos estão na expectativa da aprovação dos seus filhos”, enfatiza.
“Eu sempre dizia ‘caramba, quando vai ser um dia ler o nome do meu filho?’. E no dia, eu fui lendo. Quando eu virei a página, já era o nome do meu filho. Não aguentei. A voz enrolou. Outro colega que estava do lado bateu no meu ombro e disse: ‘Deixa eu ler, Markinho’. Eu disse: “Não, deixa comigo, essa é a minha responsabilidade. Essa é a minha missão, eu vou terminar’. E eu terminei mesmo com toda a emoção. Eu tinha que terminar, porque tinham outros nomes”, relata.
Outra voz marcante da Rádio Liberal é o jornalista e radialista Kaco Barros, que comenta o programa “Show dos Bairros”, tradicionalmente exibido das 8h às 12h, um clássico das manhãs da emissora. “Tenho 27 anos na radiodifusão. O rádio foi uma opção missionária em levar informação e entretenimento com um toque entusiasta da vida. Na época, em 1997, não ouvia esse estilo nas rádios, decidi começar uma nova era, um rádio feliz com conteúdos e quadros. Hoje, vejo o sucesso disso tudo na minha carreira.”
Dono de um estilo único de apresentação, que transmite alegria, ele comenta a integração entre rádio e vídeo: “Em qualquer área da comunicação, a fé e credibilidade do caráter de quem a faz seguem como requisito de audiência. Olhando pesquisas e resultados em um rádio que vive se adaptando, a voz do radialista imprime confiança e auxilia nas decisões dos ouvintes e internautas, com um detalhe indispensável: hoje você vê o rádio. Não dá para ser falso, é preciso ser autêntico.”
No meio de toda essa missão de levar informação, outros profissionais, além dos radialistas, também são essenciais. O operador de áudio Lino Bentes, da Rádio Liberal, que há mais de 20 anos atua na área, reforça a importância desse trabalho responsável pelo equipamento de som. “Eu fico concentrado com o locutor. Ele pede a música, comercial, vamos trocando figurinhas. Recebemos os sinais de transmissões de externas, jogos e eventos. É a minha vida, adoro fazer rádio”, diz.
Já o técnico de externa Edson Soares, da Rádio Liberal, é responsável por transmitir as reportagens nas ruas e peça-chave na difusão da notícia junto aos repórteres e locutores: “Trabalho fazendo transmissão nos estádios, de eventos, como o Rainha das Rainhas, e as "Blitz Liberal". Saímos com os equipamentos e o nosso áudio chega direto no estúdio com o locutor no ar. As pessoas que estão do outro lado estão ligadas. E precisamos ter responsabilidade em levar informação. Por isso, precisamos fazer com dedicação”.
Em meio às transformações da radiodifusão, a maneira de levar informação também mudou. A Liberal +, emissora lançada neste ano pelo Grupo Liberal, combina tecnologia e multimídia para oferecer uma experiência inovadora. Com frequência 98,9 FM, a rádio se destaca por sua integração com plataformas digitais, como ressaltam os profissionais da nova geração. O radialista Rodolfo Sousa, que começou no rádio em 2009, destaca essa evolução.
Apresentador do “Liberal + Esporte 2ª edição”, ele destaca que essa evolução de levar é sinônimo de acompanhar as necessidades do ouvinte de hoje. “Tenho 15 anos com jornalismo e 85% da minha carreira foi no radiojornalismo. Vou fazer um ano na Liberal +. Vim para esse projeto. Foi algo inovador. É um desafio muito grande, porque eu queria trabalhar nessa integração. A gente tem se transformado, mas o rádio continua vivo. É uma tecnologia que não vai morrer”, observa.
“A importância [do rádio] é muito grande para se conseguir chegar e ter a informação em um formato atual e mais célere. E o objetivo é conseguir passar tudo de forma imediata para o ouvinte. Estamos conseguindo fazer isso no Grupo Liberal. As audiências que temos são muito boas. As inovações que o rádio vem passando é para chegar em um público mais. O rádio tem que estar junto do jovem também. Isso porque é o consumidor do futuro”, enfatiza.
Mathaus Pauxis, jornalista da Liberal + e comentarista esportivo, ressalta a importância de se comemorar o Dia do Radialista. “Primeiro pela tradição. Ainda é um meio muito forte. Foi o principal meio de comunicação durante boa parte da história”, afirmou. Ele acredita que o rádio, entre os meios de comunicação, é o que melhor consegue unir tradição e inovação. “Há mais de 15 anos a gente ouve falar que o ‘rádio morreu’, que ‘o rádio vai morrer’. Mas a gente percebe que o rádio está muito vivo, está muito forte”, declara.