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Dia do Cabelo Maluco faz a festa das crianças em Belém

As crianças vão para as aulas com penteados extravagantes, inusitados e divertidos

Dilson Pimentel e Lucas Quirino*

Assim como em outras cidades do Brasil, muitas escolas de Belém também celebraram o Dia do Cabelo Maluco, data trabalhada como ferramenta pedagógica para estimular a criatividade dos alunos. Oficialmente é no dia 11 de outubro, mas acabou se estendendo ao longo dos últimos dias de forma diversificada.

As crianças vão para as aulas com penteados extravagantes, inusitados e divertidos. A ideia é focar na criatividade usando uma combinação de gel, glitter, tintas coloridas, brinquedos e acessórios.

Círio e cultura paraense com inspiração

A estudante Carla Pimentel, de 18 anos, tia da Melina Ferreira, de 4 anos, explicou que o tema do cabelo maluco de sua sobrinha tem haver com o milagre alcançado graças à Nossa Senhora de Nazaré. 

“O cabelo foi uma inspiração porque a Melina foi um milagre, uma promessa da nossa família. A minha irmã teve uma gravidez de risco. Por isso, a gente prometeu que, até os 5 anos dela,  iríamos levá-la no Círio vestida de anjinha. Como o cabelo maluco tinha que ser uma inspiração legal, pensamos em fazer a ‘Nazinha’ na cabeça dela. Essa atividade é muito estimulante, porque ela fica à vontade na escola e quer brincar com as crianças. Ela fica muito empolgada com isso”, conta a tia da menina.

Não foi só a religiosidade paraense que virou tema do Dia do Cabelo Maluco, mas a gastronomia também serviu de inspiração. Como foi o caso de Maria Julia, de 7 anos, que estava com uma cuia de açaí de verdade na cabeça. Ela estava acompanhada de sua mãe, Joyce Oliveira, de 39 anos. 

“Todo ano a gente participa. Nesse ano, a Maria Júlia disse que como ela gosta muito de açaí, e o pai dela trabalha com isso, ela queria fazer essa homenagem. A gente começou a correria para preparar o açaí para colocar dentro da cuia com tapioca e ornamentações. Como nós moramos longe da escola, acordamos 5h para fazer esse cabelo, e demorou cerca de 1h para ficar pronto e lindo desse jeito”, celebra Joyce. 

A musicalidade regional foi tema do penteado da Maria Luisa, de 7 anos, que montou uma aparelhagem em seu cabelo. A advogada Heloisy Damasceno, mãe da Maria Luisa, explica que buscou fora do convencional. 

“Ano passado fizemos uma árvore de Natal gigante e esse ano após dias de pesquisa, resolvi fazer algo regional e divertido, então, foi aí que surgiu a ideia da aparelhagem. Muito brilho, luzes e diversão. Malu é fã e embarca sempre junto comigo nessas aventuras. Estava mega empolgada e feliz por esse dia. Acredito que essa celebração aproxima mais ainda os pais e filhos e cria uma conexão que eles jamais irão esquecer. Além disso, cria memórias afetivas", ressalta a advogada.

*Lucas Quirino (Estagiário sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)

Belém