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Dia de São Jorge: santo traz exemplo de destemor e confiança para fiéis em Belém; vídeo

A data em homenagem ao santo é celebrada neste sábado (23)

Eduardo Rocha

Diante de tantos desafios ao longo da vida, não é difícil encontrar quem não chegue ao ponto de considerar tudo perdido, balançar em sua e se mostrar derrotado. Mas, é nessas horas que não se deve perder de vista as referências de quem se manteve firme na confiança em Deus, por meio da confiança em Jesus, como se verifica na história de São Jorge, um dos santos mais populares e queridos entre os brasileiros. Em Belém, a devoção a esse personagem da Igreja Católica se expande a partir da paróquia homônima no bairro da Marambaia, vinculada à Arquidiocese de Belém. Neste final de semana, em especial no sábado, 23 de abril, dia dedicado ao santo, fiéis renovam sua fé a partir de reflexões sobre o legado de São Jorge.

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São Jorge nasceu na Capadócia, região da atual Turquia, na segunda metade do Século III,  e ainda bem novo foi com a família para a Palestina, e, depois, ingressou no Exército Romano. Ele iniciou a carreira militar ainda adolescente. Conquistou logo o cargo de capitão e, aos 23 anos, chegou a integrar a corte imperial como tribuno militar. Tudo dada a tamanha dedicação e inteligência que apresentava em suas atividades. 

Quando começa a perseguição aos cristãos, uma das maiores dificuldades que os militares romanos tiveram foi a de lidar com um soldado de grande qualidade ao mesmo tempo em que se opunha ao regime do Império, porque ele (São Jorge) não admitia abandonar a fé em Jesus Cristo, para prestar culto ao imperador como se fosse um deus, como destaca o padre Raimundo Ribeiro Martins, pároco da Paróquia São Jorge. O imperador na ocasião era Diocleciano, que intencionava extinguir os seguidores de Jesus Cristo.

E o dragão?

São Jorge é sempre representado por um militar enfrentando um dragão. Sobre essa imagem clássica do santo, padre Raimundo Ribeiro conta que, como militar do Império Romano, é destacado para várias regiões, e na região da Líbia, ele teria chegado a uma cidade, onde, segundo consta na história, havia um grande lago, e lá existia um dragão. Esse dragão era o terror daquela comunidade, e para que a fera permanecesse lá no lago, não perturbasse as pessoas, os moradores passaram a dar animais para alimentar o animal. Em geral, ovelhas.

Ocorre que o dragão era tão insaciável, que chegou um momento em que os habitantes do local, além de dar um animal, passaram a sacrificar pessoas. E isso deveria ser feito por sorteio, como definido do rei. E chega o momento em que a próxima pessoa a ser entregue ao dragão é a filha do rei. Naquele cenário apavorante, eis que surge São Jorge que, com sua valentia, enfrenta o dragão. Jorge mata o dragão e se torna um ícone da bravura, da coragem e, como frisa padre Raimundo, do cuidado com a vida das pessoas. “Para além da coragem, o Santo Guerreiro é aquele santo que se preocupa com as pessoas, inclusive, a atenção dele com os pobres é muito grande também”, enfatiza padre Raimundo.

Firmeza de São Jorge 

São Jorge, como destaca o padre Raimundo Ribeiro, é um exemplo de determinação, de firmeza. “Ele coloca a sua fé em Jesus Cristo acima de qualquer coisa, inclusive, acima da própria vida. Então, o que a gente poderia sugerir aos fiéis: “Olha, seja firme, seja determinado, seja corajoso; não aquela coragem irresponsável, mas baseada em um princípio sólido;  no caso de São Jorge, a sua fé; ele se entrega pelo bem maior, o bem das pessoas. Para nós, isso é profundamente significativo, sobretudo, na sociedade fluida em que nós vivemos hoje; tudo é assim: mais ou menos, quem sabe, talvez. Não, devemos ser firmes, decididos. Essa é a grande lição que São Jorge nos deixa”, conclui padre Raimundo. São Jorge foi decapitado em 23 de abril.

Belém