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Dia da infância faz lembrar sobre os direitos e políticas às crianças

Ida Pietricovsky, especialista em Comunicação da Unicef em Belém, diz que o Dia da Infância proporciona uma análise sobre muitas questões importantes a serem enfrentadas

Bruna Lima e Maíza Santos

Celebrar o Dia da Infância, 24 de agosto, provoca a reflexão sobre a importância de direitos e políticas às crianças. A data é de autoria da Unicef, o marco é um convite para pensar na importância desta fase da vida e para lutar pelos direitos das crianças.Essa celebração tem o objetivo de promover uma infância saudável, com direitos garantidos e proteção integral às crianças.

A reportagem conversou com crianças para saber da importância do brincar e de serem felizes nessa fase da vida. Heloise Vitoria Santos Conceição Patrocínio, 10 anos, diz que prefere ser criança a adulto, pois gosta de brincar e não ter tantas responsabilidades. “Claro que eu prefiro ser criança, pois a gente brinca e não precisa trabalhar e nem pagar conta”, disse a menina, que estuda o 4º ano.

“Eu adoro vir aqui para brincar de pira esconde, pega-pega. Sempre que dá, a amiga da mamãe traz a gente para brincar no xafariz”, diz Heloísa Vitória.

João Vitor Lobato, 11 anos, é mais uma criança que representa bem a importância do brincar. Ele diz que além da rotina da escola, consegue se divertir diariamente com os amigos. “Eu gosto de ser criança, pois a gente sempre brinca e encontra os amigos”, diz a criança durante o momento de lazer.

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Ruth também estava no Porto Futuro com a mãe e a irmã desfrutando de uma tarde de lazer. Ela diz que embora tenha que cumprir as atividades da escola e extra-escolar, ela consegue ter uma rotina de criança. “Eu tenho as atividades da escola e do curso de inglês, mas também tenho o momento de brincar e de desfrutar desses momentos de alegria”, reflete a criança.

Direitos

Para Ida Pietricovsky de Oliveira, especialista em Comunicação da Unicef em Belém, o Dia da Infância proporciona uma análise sobre muitas questões importantes a serem enfrentadas em defesa do direito de crianças e adolescentes. Mas é necessário, primeiramente, entender como cuidar de cada uma delas.

“A questão da infância traz uma reflexão sobre qual é o papel de cada um na realização do direito das crianças. É necessário entender a importância dos pais, do papel da escola, da saúde, da assistência da comunidade. Temos que olhar claramente para a infância, no sentido de que é uma fase que passa rápido. O tempo de uma criança não é o tempo de um adulto. Temos que parar de dizer que criança é o futuro e passar a vê-los como o presente. Ela existe enquanto presente e ela tem que ser cuidada e protegida para estar preparada para esse futuro, em todas as dimensões de um ser humano. Essa criança está se alimentando direito, tem creche, pré-escola ou uma escola de qualidade?! Isso deve ser cuidado”, diz Ida Pietricovsky.

Em Belém, a Unicef tem desenvolvido um amplo conjunto de ações para promover os direitos e auxiliar no desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. Segundo Ida Pietricovsky de Oliveira, é implementado um plano de quatro anos que inclui capacitação, mobilização social e o engajamento de jovens em discussões sobre seus direitos. Além disso, também promovem ações integradas entre saúde, educação e assistência social.

“O selo é uma agenda que dura quatro anos, ou seja, todo ciclo de mandato de um prefeito. Nesse período, ocorre um misto de mobilizações sociais. Fortalecemos a rede local por meio de encontros e do reconhecimento do trabalho das equipes. Desenvolvemos mobilizações voltadas à educação infantil e demais áreas que estão diretamente ligadas às crianças. Selecionamos professores das universidades e eles fazem o diagnóstico para ver quais dos equipamentos avançaram e onde poderemos ter êxito nas nossas ações”, explica.

Ao realizar as ações em Belém, a Unicef tem concentrado seus esforços em bairros considerados periféricos, onde ações prioritárias se concentram no enfrentamento da violência e da desigualdade social. Além disso, a Unicef está engajada em ações de busca ativa escolar, com o objetivo de reintegrar adolescentes que abandonaram os estudos e garantir que permaneçam na escola.

Quando se trata do Pará, a Unicef conta com a importante colaboração com os municípios e órgãos de educação, para a implementação de suas ações. “Através dessas parcerias, a organização busca fortalecer as redes locais e garantir que as políticas públicas para crianças e adolescentes sejam efetivas. O evento juvenil ligado à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP), previsto para março de 2025, é mais uma organização que funciona como exemplo do compromisso da Unicef em promover a participação juvenil e a construção de um futuro mais justo e equitativo para todas e todos”, finaliza Ida Pietricovsky de Oliveira.

Belém