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Dengue: Sesma intensifica visitas domiciliares para eliminar possíveis focos do mosquito em Belém

Em 2024, a capital paraense registrou 3.076 casos da doença, com cinco óbitos

Dilson Pimentel

O município de Belém registrou, no ano passado, 3.076 casos de dengue, com cinco óbitos causados pela doença. E a Secretaria Municipal de saúde (Sesma) está intensificando as visitas domiciliares, com ações realizadas pelos agentes de combate às endemias, para eliminar possíveis focos do mosquito que transmite a dengue. Essa ação está ocorrendo em todos os bairros da capital.


A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que, até o dia 30 de novembro do ano passado, o Pará registrou 17.050 casos confirmados de dengue, com 10 óbitos. Belém foi o município com o maior número de casos. Em 2023, nesse mesmo período, a secretaria informou que foram registrados 4.084 casos e uma morte. A diferença é de 317,48%.

Na manhã desta quarta-feira (8), as equipes estavam no bairro do Marco, em um trabalho coordenado pelo chefe da Divisão de Endemias da Sesma, Alberto Rodrigues. Ele explicou que, no mais recente levantamento, 2024 fechou com 3.076 casos e 5 óbitos pela doença. “Aqui, no bairro do Marco, a gente teve 185 casos confirmados da doença”, informou. Mas o maior número de registros (284) ocorreu no Guamá, o bairro mais populoso da capital.

Alberto disse que as equipes da Sesma estão intensificando as ações em todos os 72 bairros da capital, distribuídos nos oito distritos administrativos de Belém. “É nossa atividade de rotina. A gente visita casa a casa, levando orientação e prevenção para cada morador. Chegou o período da chuva. É um período que consequentemente a gente tem aumento do número de casos. Então a gente orienta a população, que é o colaborador essencial nesse combate à dengue no município, para fazer a sua parte”, disse.

Ele pede às pessoas que tirem pelo menos 10 minutos para olhar seu quintal e verificar se não há água acumulada. Alberto também disse que a prefeitura vai usar a tecnologia nesse trabalho de combate ao mosquito da dengue.

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Auxiliar de cozinha diz que todos devem fazer a sua parte

O auxiliar de cozinha Marcílio Cunha, 66 anos, falou da importância do trabalho da Sesma. “É importante para todos nós, moradores daqui. Para se conscientizar para esse trabalho de preservar os quintais, onde estiver lixo e balde. O quintal aqui do vizinho está só mato”, disse. “Se todo mundo fizer a sua parte, não haverá problemas de doença”, afirmou ele, que mora na avenida Visconde de Inhaúma. Marcílio nunca teve dengue.

A residência do professor aposentado Etevaldo Garcia, de 86 anos, também recebeu a visita da equipe da Sesma. “É importante porque é um trabalho de prevenção, apesar de muita gente relaxar nos cuidados”, disse. “Eu tenho muito cuidado. Não uso mais garrafa aqui. Não deixo água acumulada”, contou. Residindo na travessa Estrela, ele disse que nunca teve dengue. “Esse é o resultado da prevenção”, afirmou.

Prevenção:

A melhor forma de prevenir a dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possível criadouro, como em vasos de plantas, lagões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.

Medidas simples podem ser adotadas, como substituir a água dos pratos dos vasos de planta por areia; deixar a caixa d´água tampada; cobrir os grandes reservatórios de água, como as piscinas, e remover do ambiente todo material que possa acumular água.

Roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia – quando os mosquitos são mais ativos – proporcionam alguma proteção às picadas e podem ser uma das medidas adotadas, principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia, como bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos.

Fonte: Ministério da Saúde

 

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