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Crianças podem participar de contação de histórias gratuita neste domingo no Museu de Arte Sacra

Essa é uma das ações educativas da exposição Memórias da Infância, que fica aberta até o dia 12 de setembro na Galeria Fidanza, no Museu de Arte Sacra do Pará

Luiz Cláudio Fernandes

A criançada pode participar neste domingo, às 9h, da Contação de Histórias no Museu de Arte Sacra do Pará. A programação gratuita faz parte das ações educativas da exposição “Memórias da Infância”, contemplada pelo edital Preamar de Cultura e Arte 2022, da Secretaria de Cultura do Pará (Secult), que fica aberta até o dia 12 de setembro na galeria Fidanza. A exposição com curadoria de Vânia Leal e apoio da revista Design.com reúne trabalhos de 28 fotógrafos brasileiros, em sua maioria paraenses, presentes na Coleção Eduardo Vasconcelos.

A contação de histórias será ministrada pela arte-educadora e artista plástica Concita Mendes. Segundo o professor e colecionador de arte Eduardo Vasconcelos, a proposta da contação de histórias será estimular a criatividade da criança perante as 28 imagens que eles vão ver na mostra. "Ocorrerá uma estimulação da imaginação a partir das fotografias vistas por eles. Ou seja, a arte-educadora irá utilizar toda essa ludicidade presente nas fotografias", explica. Ainda segundo Eduardo a proposta é, nessa ludicidade, despertar o interesse das crianças para a realidade imaginativa que está presente nas fotografias como a regionalidade, as brincadeiras de infância, ... 

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Exposição aberta para um público de todas as idades 

A exposição gratuita fica aberta ao público de todas as idades de terça-feira a domingo, das 9h às 17h. A curadora Vânia Leal acredita que as crianças retratadas nas fotos aproximam a experiência de si e das suas peraltagens na infância na água, no quintal imaginário, na rede, no barco. “Assim como nas experiências deles, as aventuras costumam dar gosto à infância de todos e as várias outras brincadeiras podem ser apreciadas na imaginação de cada um”, explica.
 
Segundo Vânia, essa exposição é um convite para a imaginação, reflexão, produção e expressão de sujeitos com histórias e vidas diferentes, com classes sociais e origens étnicas variadas. “Das fotografias, destaca-se o menino de João Ripper. Ele trabalha, não brinca. A gente se depara também com a naturalização da morte e a brincadeira sobre o túmulo construído na frente da casa, na fotografia de Paula Sampaio. Registros que refletem a realidade amazônica brasileira”, diz.

Ações educativas e visitas mediadas

A exposição terá uma série de ações educativas para o público infantil. Eduardo explica que várias escolas públicas e privadas estão sendo convidadas para participar de ações como a Oficina de Pincel de Luz e a contação de histórias deste domingo. “As datas das oficinas serão divulgadas pelo perfil da coleção no Instagram, @colecaoeduardovasconcelos”, adianta o colecionador. Segundo ele, a escola que desejar fazer visita mediada com seus alunos também pode entrar em contato com o perfil da coleção e agendar. Além disso, nas próximas semanas ocorrerá o lançamento do catálogo impresso e bate papo com o colecionador, a curadora, artistas, psicólogos e pedagogos.

As diretoras da creche escola Bibiquinha, em Icoaraci, Lourrene e Lauren Martins, agendaram visita mediada dos seus alunos à exposição e classificam ações dessa natureza como essenciais à formação das crianças.

“Toda ação cultural e lúdica é importante para a criança. Quando essas ações vêm acompanhadas de regionalismo, são melhores ainda”, avalia Lourrene.  

A curadora Vânia Leal destaca a relevância das ações educativas e da exposição em si. “Essa exposição é bem relevante no sentido de que, apesar dos artistas serem de diferentes regiões, as imagens dialogam no espaço expositivo. Ou seja, independente de ser a percepção de uma infância de uma outra geografia. Então, o que percebemos nessas narrativas é que, independente do lugar e do contexto, as crianças brincam na sua inocência, a ludicidade sempre ocorre. Percebemos, por exemplo, que as crianças amazônidas têm a relação com o rio, com a canoa, … Elas brincam no espaço geográfico da praia, … Temos uma foto marcante da Paula Sampaio em que a criança brinca em cima de um túmulo, haja vista que, na Transamazônica, é recorrente fazer os túmulos das pessoas que morrem atrás das casas”, explica.

O grande acervo do colecionador de arte

Eduardo Vasconcelos tem um acervo de aproximadamente 800 obras entre pinturas, esculturas, fotografias, desenhos e objetos. E ele explica que sabe que como colecionador tem um papel social de fomentar e divulgar a arte e os artistas. Por isso, além da exposição, ainda vai trazer ações educativas para crianças como forma de contribuir com a divulgação dos trabalhos dos artistas.

 
Serviço:

Crianças podem participar de contação de histórias gratuita neste domingo no Museu de Arte Sacra.

Data: 28/08/2022.

Local: Galeria Fidanza /Museu de Arte Sacra (Praça Frei Brandão, s/n - Cidade Velha, Belém).

Hora: 9h. 

Entrada: Gratuita. 

Visitação à exposição: Gratuita, para todas as idades, até 12 de setembro; das 9h às 17h (de terça-feira a domingo).
 
Infirmações e agendamento de visitas mediadas: @colecaoeduardovasconcelos / (91) 9999-6794.
 
Realização: Coleção Eduardo Vasconcelos
 
Curadoria: Vânia Leal
 
Apoio: Revista Design.com

Belém