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Coordenadora de políticas para autismo do Pará fala sobre criança barrada no Mangueirão

Responsabilidade do Governo seria somente sobre o espaço interno do estádio, não sobre o acesso, diz titular da Cepa em vídeo publicado nas redes sociais

O Liberal

Após a repercussão do caso de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEC) que foi impedida de entrar no estádio do Mangueirão na noite de quarta-feira, 12, para a partida entre Remo e Corinthians, a titular da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo do Pará (Cepa) se posicionou a respeito do ocorrido, sugerindo que o Governo não tem responsabilidade sobre o caso, uma vez que é responsável apenas pelo funcionamento do 'espaço TEA', do lado interno do Mangueirão.

"É importante que a gente coloque as responsabilidades de cada um nessa problemática. A Secretaria de Saúde, por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo, é responsável pelo 'espaço TEA', tanto do lado A, quanto do lado B. Lá, vão ter acesso pessoas que já estão dentro do estádio. O ingresso que elas comprarem, onde elas comprarem, do time que elas comprarem - isso não nos cabe. Nos cabe receber as pessoas lá dentro e dar todo o atendimento, acolhimento, tecnologias assistivas para que pessoas com autismo possam estar dentro daquele espaço", diz a coordenadora Nay Barbalho em vídeo publicado na própria rede social.

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A titular da Cepa também orienta que as pessoas de modo geral, bem como as entidades em prol do autismo no Pará, que têm se posicionado a respeito do caso, marques os responsáveis 'corretos' pela situação em suas publicações "e não saírem marcando aleatoriamente todo mundo".

Uma das publicações na qual o Governo do Estado e a coordenadora da Cepa foram marcadas foi justamente o vídeo feito pela família da criança autista, que registra o momento em que eles são impedidos de entrar no Mangueirão, mesmo apresentando os ingressos comprados antecipadamente. Na gravação, o pai da criança chega a perguntar a um funcionário do local se foi o Clube do Remo que determinou o fechamento do portão e o funcionário responde que sim.

Mais tarde, o presidente do clube do Remo, Fábio Bentes, fez um pronunciamento oficial negando que tenha determinado o fechamento do portão e lamentando o fato de torcedores, com ingressos comprados, não terem conseguido entrar no estádio. Ele diz que chegaram a fazer um Boletim de Ocorrência para esclarecer a situação. "A gente quer uma explicação para isso. A gente entende que isso precisa ser apurado e tem certeza de que terá a contribuição do estádio para apresentação das imagens do que ocorreu e, assim que a gente tiver a apuração, a gente vai voltar para dar uma satisfação para o torcedor. Mas é importante informar que não foi uma decisão que partiu do clube".

Belém