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Contra lixo que ameaça tartarugas, pescadores de Curuçá viram guardiões

Projeto da UFPA já devolveu mais de 50 tartarugas ao mar nos últimos meses

Redação Integrada de O Liberal - com informações da UFPA
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Cerca de 50 tartarugas marinhas foram devolvidas a seus ambientes aquáticos naturais nos últimos dez meses em todo o Pará por um projeto construído em parceria de comunidades de pescadores de Curuçá, no nordeste paraense, com a Universidade Federal do Pará e a  prefeitura do município.

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Na última quarta-feira (28), outras duas delas foram soltas na Praia do Amor, em Abade. O projeto Saruanã já existe há dez anos na região e há dois começou a parceria com três das mais de 40 comunidades existentes na região. A iniciativa funciona de maneira simples: sempre que alguém encontra uma tartaruga, liga para um celular do projeto. Os membros vão até o animal e avaliam suas condições de saúde.

image Duas tartarugas foram soltas essa semana na comunidade de Abade (Ascom-UFPA)

SOLTURA

“Avaliamos se a tartaruga pode ser solta ou se precisa passar por reabilitação antes de voltar à natureza. Se precisar, há também apoio de veterinários do Projeto Tamar e também de profissionais em Belém que nos auxiliam nesse trabalho”, detalha Josie Barbosa, pesquisadora da UFPA.

Os casos são atendidos imediatamente. Além de atender necessidades de cada espécime encontrado, a equipe forma alunos do curso técnico em Meio Ambiente da Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (EETEPA) de Curuçá. Eles desenvolvem trabalhos de conscientização ambiental.

image Plástico é a grande ameaça à vida marinha em todo o globo (Ascom-UFPA)

AMEAÇA DO LIXO

As tartarugas martinhas estão entre as espécies ameaçadas de extinção em todo o planeta. E se desaparecerem podem desequilibrar todo o ecossistema ligado às algas marinhas. “As algas são as principais responsáveis pela produção de oxigênio no mundo, o ar que respiramos. Sem elas, esse ecossistema entra em desequilíbrio e todos podem ser afetados. Como elas se alimentam dessas algas quando adultas, elas ajudam nessa cadeia de interações”, detalha a bióloga da UFPA.

A pesquisadora ainda lembra que pescadores têm se conscientizado e os resgates de animais capturados nos currais acontecem. Porém, tem aumentado a frequência de animais encontrados com pedaços de plásticos no corpo - ou doentes devido ao contato com o lixo. “O projeto meu canudinho, por exemplo, nos ajuda com doações para esse trabalho de cuidado e resgate de tartarugas”, lembra Josie Barbosa.

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Belém
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