Comunidade protesta por melhorias na escola Humberto de Campos, no Guamá
Sujeira, banheiros precários, fiação elétrica exposta e obra da quadra parada são problemas
Sujeira, banheiros precários, fiação elétrica exposta e obra da quadra parada são problemas
Alunos, pais e professores realizaram ato de protesto, na manhã desta segunda-feira (12), para reivindicar melhorias na infraestrutura da Escola Estadual de Ensino Fundamental Humberto de Campos, no bairro do Guamá, em Belém. O ato também dizia defender a permanência da atual direção da escola, que estaria sob ameaça de ser exonerada por encaminhar pedido de melhorias da escola à Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Por volta de 10h, centenas de alunos, pais e professores fecharam por alguns minutos a via próximo à escola, que fica na Rua Paulo Cicero, próximo à avenida José Bonifácio. O pai de um aluno disse que a situação do estabelecimento de ensino é precária e se agravou no início deste ano.
“Os banheiros feminino e masculino, principalmente, não prestam, são muito sujos, com vazamentos, e as crianças precisam para uso contínuo. A parte elétrica é horrível, com tomadas e fiação exposta em diversos lugares da escola. Isso é demais arriscado para as crianças tomarem choque ou pegar fogo na instituição. A quadra da escola iniciou uma reforma que só começou e até hoje está parada”, afirmou o pai de um aluno do 5º ano.
Ainda segundo ele, a diretora da escola está sob ameaça de ser exonerada do cargo ou ser transferida, por ter feito solicitação de melhorias para a Seduc. “A diretora ouve as reclamações dos pais e alunos, então, fez solicitações para a Secretaria. Mas agora está sendo retaliada e querem tirá-la da escola. Ela é superativa na escola e fazemos a manifestação em defesa dela também”, destacou o pai, que tem 35 anos.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) foi contactada para falar sobre quais medidas deverá tomar em relação à situação da escola. Por nota, a Seduc disse que "tem clareza da situação precária em que se encontra não apenas a Escola Estadual Humberto de Campos, mas diversas outras unidades de ensino em Belém e no interior".
Segundo a secretaria de educação, quando a nova gestão assumiu, em janeiro deste ano, teria se deparadocom um quadro de "mais de 600 escolas precisando de alguma intervenção física". A Seduc admite que "infelizmente", os recursos atuais do Estado "impedem que todas possam ser feitas de uma vez".
Segundo diz a Seduc, o governo teria buscado recursos e garantido até o momento a reinauguração de 18 escolas. "Outras 105 passaram por manutenção corretiva e preventiva em mais de 30 municípios", acrescenta a secretaria, citando ainda que, até o final do ano, a meta é "recuperar 150 escolas dentre obras de reforma, ampliação, manutenção e novas escolas".
O governo diz que a prioridade é para as escolas interditadas pela Defesa Civil, e com problemas nas redes elétricas e hidráulicas que ofereciam algum risco à comunidade escolar. "Passada essa fase, outras escolas entrarão na lista de prioridades da Seduc, de forma a recuperar todas elas", planeja a secretaria de educação.
No caso específico da Escola Humberto Campos, diz a Seduc, uma equipe de engenheiros fará uma vistoria técnica na próxima quinta-feira (15), para averiguar o que pode ser resolvido de imediato na escola. No caso das denúncias sobre possibilidade de afsatamento diretora, a Seduc disse que "não se manifestará" a respeito. "Na oportunidade, nos colocamos à disposição para outras informações".