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Outubro Rosa ajuda a esclarecer sobre a prevenção do câncer de mama

O câncer de mama é o que mais acomete e mata mulheres cisgêneras em todo o mundo

Bruna Lima

O mês de outubro começou, e junto vem a campanha Outubro Rosa, de grande simbolismo para a saúde das mulheres. A mastologista Camila Loureiro, membro da Sociedade Brasileira de Mastologia, explica que o câncer de mama é o que mais acomete e mata mulheres cisgêneras em todo o mundo, com incidência crescente, possivelmente relacionada ao estilo de vida da mulher moderna.

A médica destaca que o Outubro Rosa é um momento importante pela massificação da mensagem a respeito da presença do câncer de mama como uma doença que acomete muitas mulheres, independentemente de classe social, credo ou cor.

"Fico muito feliz em acompanhar pessoas de notoriedade se sentindo à vontade para compartilhar suas histórias após o diagnóstico do câncer, pois isso pode fazer com que pessoas comuns, que, pelas mais diversas razões, adiam a realização de consultas e exames periódicos, atentem para sinais no seu corpo que talvez passassem despercebidos e busquem atendimento. Julgo muito rico também o fato de hoje não se falar somente dos aspectos difíceis sobre o câncer de mama, pois mostra para quem é diagnosticada que ela não se resume a um diagnóstico, que existe vida e esperança após o diagnóstico e que este é somente um capítulo da sua vida", pontua a médica.

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Além da campanha, graças ao progresso da ciência e da medicina de precisão, é possível que as pacientes passem por tratamentos cada vez mais individualizados, que levam a taxas de sobrevida mais longas, inclusive de pacientes metastáticas e com alta carga de doenças. "Estas mulheres são testemunhos vivos do que é passar por ou viver com um câncer e, com frequência, se sentem estimuladas a falar sobre o assunto e fazer girar a informação não só em seus círculos privados, como também nos meios de comunicação", acrescenta a médica.

A médica reforça também o movimento social de crescente desmistificação dos cânceres em geral e, em especial, do câncer de mama. Ela lembra que, até pouco tempo, a palavra câncer sequer era dita em voz alta. "Dizia-se 'aquela doença' ou 'CA', o que acabava por acrescentar camadas de preconceito a todos os sentimentos negativos já relacionados às doenças oncológicas. Graças às pessoas com câncer, que corajosamente contribuem para clarificar o assunto, falando com franqueza sobre seus diagnósticos e tratamentos, bem como por campanhas e iniciativas públicas e privadas, como o Outubro Rosa, estes assuntos saem das sombras e são discutidos à luz do dia", acrescenta.

Os meses de conscientização, como o Outubro Rosa, criam um círculo virtuoso de comunicação, em que se pode falar com franqueza não só sobre a doença, como também sobre as estratégias de diagnóstico precoce, de tratamento e, mais recentemente, da vida com e após o câncer.

Belém